Carlos Bolsonaro é alvo da PF em investigação sobre ‘Abin Paralela’ 

Oito mandados foram cumpridos nesta segunda-feira (29) | Foto: Câmara Municipal do Rio de Janeiro

Postado em: 29-01-2024 às 15h24
Por: Isadora Miranda
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Oito mandados foram cumpridos nesta segunda-feira (29) | Foto: Câmara Municipal do Rio de Janeiro. | Foto: Reprodução

Nesta segunda-feira (29), a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão a suspeitos de envolvimento na “Abin Paralela”, um núcleo da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que, supostamente, seria utilizado para monitoramentos ilegais, ocorridos entre 2019 e 2021.  

Entre os alvos, está Carlos Bolsonaro (Republicanos). A operação foi realizada no condomínio em que ele reside, na Barra da Tijuca, na casa de Angra dos Reis (RJ), onde estava o vereador e sua família, e em seu gabinete, na Câmara Municipal do Rio. De acordo com informações da jornalista Daniela Lima, do Globonews, um computador da Abin, que estaria em posse de Carlos, teria sido apreendido.  

Além disso, assessores do parlamentar também foram focos da PF durante a manhã de hoje. Ao todo, oito mandados foram efetivados em diferentes cidades — um em Salvador (BA), cinco no Rio de Janeiro (RJ), um em Brasília (DF) e um em Formosa (GO).  

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A operação foi autorizada por Alexandre de Moraes, ministro do STF.  

Live de Bolsonaro 

No domingo (28), Jair Bolsonaro esteve presente em live junto de seus três filhos políticos: Carlos, Flávio e Eduardo. Durante a transmissão, o ex-presidente defendeu Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin, afirmando que ele seria “um cara fantástico” e, ainda, que as investigações da PF contra a Agência seriam parte de uma “narrativa”.  

Reações da oposição 

Algumas personalidades do colegiado reagiram em suas redes sociais, discordando da operação. O vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, Maurício Marcon (Podemos-RS), reivindicou posicionamentos de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado. “A única saída, se é que existe alguma, seria os presidentes da Câmara e do Senado reagirem, mas essa omissão talvez demonstre que tanto Lira quanto Pacheco fazem parte do plano para calar os conservadores”, declarou.  

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