PT aposta em nome que “vive Goiânia” para estar no 2º turno

Dirigente, vereadora de Goiânia, Katia Maria, afirma que “as pessoas estão sofrendo” e que capital merece gestor que conheça a cidade

Postado em: 31-01-2024 às 10h30
Por: Yago Sales
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Agora, com voz firme na tribuna, além de ter de exercer o papel de oposição, precisará ser voz dentro da legenda para articular chapa, sendo cabeça ou não, à disputa ao Paço em outubro | Foto: Reprodução

Katia Maria é o nome mais burocrático, que segue o rito mais político e, às vezes, decisivo do partido do presidente Lula da Silva em Goiás. Na Câmara Municipal, ocupa a vaga que, até 2022, era de Mauro Rubem – ele foi eleito deputado estadual. Katia era suplente. Agora, com voz firme na tribuna, além de ter de exercer o papel de oposição, precisará ser voz dentro da legenda para articular chapa, sendo cabeça ou não, à disputa ao Paço em outubro. 

Claro, como presidente estadual do PT, Katia também precisa estar atenta à corrida eleitoral nos 246 municípios. Por isso a importância de ter, como escudeiros, outros nomes do quadro do petismo goiano, sobretudo aqueles com mandatos: a estrela mais vermelha, a deputada federal Delegada Adriana Accorsi; o deputado federal Rubens Otoni; e os deputados estaduais Bia de Lima e Antônio Gomide. Entre tantos vereadores e alguns prefeitos. 

Não existe nenhuma expectativa expectante que o Partido dos Trabalhadores conquiste, do jeito que sonha, prefeituras suficientemente capazes de aumentar a auto-estima de Lula nos municípios, salgando, ainda mais, o salmão do sonho da reeleição do petista em 2026. 

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Por isso, Goiânia tem sido um alvo importante. Existem conversas que, por enquanto, não passam de palavras ao vento, inclusive, de composição do PT com o senador Vanderlan Cardoso (PSD) tendo Adriana Accorsi, claro, na chapa. Afinal, é Adriana aquela a quem Lula mais tem apreço entre os petistas goianos. É Adriana que tem maior potencial na disputa eleitoral na cidade que já foi gerida pelo pai da petista: Darci Accorsi nos primeiros anos da década de 1990. 

Depois, o PT conseguiu eleger outro político, o médico Paulo Garcia ao Paço, que comandou a cidade entre abril de 2010 e dezembro de 2016. A legenda perambulou nos pleitos seguidos, sem sucesso. Agora, considerando o atual mandatário, Rogério Cruz (Republicanos), um tanto quanto frágil na corrida pela reeleição, o PT quer aproveitar o vácuo de poder que se estabelece e chegar forte em outubro. 

A estratégia, com isso, é a fritura do atual prefeito. E é justamente esta a postura de Katia Maria em entrevista ao jornal O Hoje. “Goiânia vive um momento muito delicado. A cidade está um caos, suja e abandonada”, critica ela, com discurso de vereadora de oposição e, claro, presidente de partido que quer, sim, lançar alguém que se oponha a Cruz. 

E ela continua: “As pessoas estão sofrendo com a falta de saúde, a crise na educação, o transporte coletivo de baixa qualidade”. Para ela, ainda: “Goiânia merece um prefeito ou prefeita que conheça a cidade e seus problemas. Não basta ser gestor, é preciso ter identidade com a cidade e a nossa gente”. 

Por isso, propõe: “O PT vai trabalhar para estar no 2° turno e acreditamos que ter uma candidata que vive Goiânia e conhece sua realidade faz diferença”. Perguntada sobre o assunto mais quente na crônica política, no caso a chegada de Jânio Darrot na disputa pela pré-campanha na base do governador Ronaldo Caiado, ela, discreta, aponta: “Respeitamos aqueles que acreditam que podem construir uma candidatura do zero, a partir da máquina do estado”.

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