Novo número 2 da Abin afirma que há indícios que apontam para a existência da ‘Abin Paralela’ 

Nesta terça-feira (30), Marco Aurélio Cepik foi nomeado diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) | Foto: Abin

Postado em: 31-01-2024 às 17h36
Por: Isadora Miranda
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Nesta terça-feira (30), Marco Aurélio Cepik foi nomeado diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) | Foto: Abin

Após deflagração de operações da Polícia Federal (PF) contra suspeitos de envolvimento na “Abin Paralela”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou, em decisão publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta terça-feira (30), quatro diretores e, também, o diretor-adjunto da Abin, Alessandro Moretti. Em seu lugar, entrou Marco Aurélio Cepik. Moretti afirmou, nesta quarta-feira (31), ser o responsável por iniciar o processo de investigação contra o monitoramento ilegal suspeito de ocorrer dentro de núcleo da Abin.  

Quem é Marco Aurélio Cepik

Marco Aurélio Chaves Cepik é cientista político, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e, antes da nomeação, comandava a Escola de Inteligência da Abin. Além disso, foi um dos autores da proposta ao grupo de transição de Jair Bolsonaro (PL) para o governo Lula, enviada no fim de 2022, que propunha retirar a Abin do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para a Casa Civil da Presidência e, ainda, ressaltava a relevância de haver “isenção” nas funções da Agência.  

Novo ‘número 2’ aponta possível existência da ‘Abin Paralela’ 

Em entrevista à GloboNews, Cepik destacou que há indícios de aparelhagem de núcleo da Abin. “O avanço das investigações aponta para isso [existência da Abin paralela]. Temos que aguardar o final do processo investigatório nas três instâncias administrativas e criminal, para verificar a comprovação não só sobre se houve, mas sobre quem estava ali. Todos os indícios que se tem é de que havia, sim”, informa.  

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Ademais, novo diretor-adjunto defende a reestruturação da agência. “Nós insistimos na importância de ter uma política de reestruturação do sistema brasileiro de inteligência como parte do esforço para relançar as instituições brasileiras que haviam sido fortemente atacadas durante todo o governo anterior. Foi um governo de profunda desorganização institucional de processos internos e, também, tentativa de captura de algumas dessas instituições”, ressalta. 

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