Saída de Marussa do comando do MDB em Rio Verde pavimenta projeto de Carrijo

Nos bastidores, leitura é que o político deve ser oficializado como candidato da base de Paulo do Vale

Postado em: 13-02-2024 às 10h30
Por: Felipe Cardoso
Imagem Ilustrando a Notícia: Saída de Marussa do comando do MDB em Rio Verde pavimenta projeto de Carrijo
O momento é de ajustes locais para a construção de alianças alinhadas ao projeto do MDB de ampliar o número de prefeitos eleitos pela sigla” | Foto: Reprodução

Na reta final do mês passado, a reportagem do jornal O HOJE mostrou que o vice-governador de Goiás e presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, destituiu a deputada federal Marussa Boldrin (MDB) da presidência do partido em Rio Verde. A saída foi definida especificamente em 19 de janeiro. A deputada havia sido nomeada para o posto cerca de sete meses antes pela figura-mor da sigla, Baleia Rossi, atual presidente nacional. 

A saída de Marussa, dizem aliados, está diretamente ligada às disputas internas dentro da base caiadista.  Acontece que o grupo do governador (UB) é aliado do prefeito Paulo do Vale (União Brasil), Marussa, por sua vez, estaria próxima do ex-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PL). 

Mais tarde, o que era ventilado foi confirmado por nota oficial do partido, que disse: “A direção do MDB informa que a mudança no comando da comissão provisória da cidade de Rio Verde é motivada pela adequação no cenário da disputa da eleição municipal. O momento é de ajustes locais para a construção de alianças alinhadas ao projeto do MDB de ampliar o número de prefeitos eleitos pela sigla”. 

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Mesmo que a base de Paulo do Vale pregue, aos quatro cantos de Rio Verde, que a definição do nome só ocorrerá em abril, as movimentações recentes sugerem um cenário praticamente definido. Isso porque a saída de Marussa do comando, acarretou na chegada de Lucas do Vale (MDB), deputado estadual e filho do atual gestor, à cadeira. 

Lucas, por ser do grupo do prefeito, tende a pavimentar a indicação de Wellington Carrijo como o sucessor do pai. Nos bastidores, a informação é que a tacada está “quase certa”. Carrijo não lidera as pesquisas de intenção de voto na cidade, porém, nunca deixou de ser alvo de abração, especialmente se concorrer com a força máquina nas mãos. 

Figura prejudicada nesse processo, dizem pessoas que circulam pelos bastidores da política local, será o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissuaer Vieira (PL). O político nunca negou seu interesse em figurar como o nome da base na cidade, mas cravou, em entrevista ao O HOJE, que não recuaria de seu projeto caso não alcançasse o objetivo. 

Enquanto isso, Lissauer Vieira tenta formar um grupo, mais ligado ao bolsonarismo do agronegócio, para contrapor ao projeto de Paulo do Vale. Em conversa com a reportagem do jornal O Hoje no dia 19 de janeiro, Lissauer evitou dar detalhes das tratativas. Fugiu às questões que mais suscitam dúvidas. “Trabalho construído a passos lentos”, disse, por exemplo, acerca de como o PL tem se movimentado na cidade, sobretudo em direção à construção de uma chapa forte, capaz de ajudá-lo no processo eleitoral que se finda em outubro. 

Lissauer, contudo, dá uma demonstração de tranquilidade sobre como o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) vai se comportar nos palanques da disputa local. “Nossa candidatura independe”. 

O ex-deputado e ex-todo-poderoso da Alego classifica como “natural” o prefeito Paulo do Vale “lançar outro candidato”. “Está com a máquina na mão”, pontuou, depois de demonstrar pequena surpresa do avanço de conversas internas de Carrijo ser, de fato, o nome à sucessão de Paulo do Vale.

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