Aava Santiago rebate colega que apresentou moção de repúdio a Lula: ‘cidade cheia de problema’

Em clima de tensão, vereadores debateram sobre fala de Lula acerca do conflito entre Israel e Palestina | Foto: Câmara Municipal de Goiânia

Postado em: 22-02-2024 às 16h03
Por: Isadora Miranda
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Em clima de tensão, vereadores debateram sobre fala de Lula acerca do conflito entre Israel e Palestina | Foto: Câmara Municipal de Goiânia

Durante a sessão plenária da Câmara Municipal de Goiânia, realizada na quarta-feira (21), a vereadora Aava Santiago (PSDB-GO) expressou sua indignação com a acalorada discussão que se desenrolou no parlamento. O foco do debate foi a recente declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acerca do conflito entre Israel e Palestina.

Lula comparou as ações militares de Israel na Faixa de Gaza a um genocídio semelhante ao holocausto perpetrado por Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. Essa analogia inflamou os ânimos entre os vereadores presentes.

O vereador Ronilson Reis (Solidariedade-GO) argumentou que “não cabe ao chefe de estado” interferir nas questões relacionadas a Israel. Ainda, Reis enfatizou que Lula foi até o Egito para “declarar brutalmente contra a nossa democracia”, destacando a fala do ex-presidente sobre Israel. Ele alegou que as ações de Israel visavam se defender das agressões do grupo terrorista Hamas, que invadiu o estado de Israel, causando vítimas inocentes.

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Em resposta, Aava Santiago questionou se seria pertinente ao vereador de Goiânia discutir essa questão.

“Presidente, eu só quero trazer uma reflexão aqui, porque há colegas dizendo que não cabe a um chefe de estado dar opinião sobre um conflito global, mas cabe ao vereador, né? Ao vereador de Goiânia! Não cabe ao presidente do Brasil falar sobre conflito internacional, mas é ao vereador de Goiânia que cabe pautar o conflito no Oriente Médio. Presidente, o senhor precisa reassumir a métrica da importância do que se discute neste parlamento. Porque se o presidente da República não pode falar de conflito internacional e o vereador de Goiânia pode ocupar 1 hora da sessão, com a cidade cheia de problema, falando disso, para fazer vídeo para acenar para sua claque, aí a gente perde referência do que é prioridade, não é?”, ironizou a vereadora.

Durante a sessão, Reis revelou ter apresentado uma moção de repúdio — solicitando, posteriormente, sua aprovação — à declaração de Lula, argumentando que ela foi considerada “totalmente infeliz” por uma parte significativa da sociedade. O debate evidenciou as divergências políticas e ideológicas presentes no cenário municipal, refletindo, também, a sensibilidade do tema do conflito entre Israel e Palestina.

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