Vanderlan Cardoso: o adversário a ser superado pela base governista

O nome do senador Vanderlan Cardoso (PSD) é amplamente considerado como o principal candidato à prefeitura de Goiânia nos bastidores da política local. Com uma forte influência na capital, sua equipe está confiante de que este é o momento mais que ideal para ele ingressar na disputa pela cadeira atualmente ocupada por Rogério Cruz (Republicanos).

Paralelamente às movimentações do senador, figuras estratégicas do governo Ronaldo Caiado (UB) estão em busca de um candidato forte para a corrida eleitoral. Um representante da base governista revelou à imprensa que o candidato desejado deve possuir um perfil técnico, administrativo e capacidade de unir diferentes grupos. Em outras palavras, é preferível que esse nome tenha o mínimo possível de conflitos políticos com outras lideranças, visando uma composição bem-sucedida no segundo turno.

Caso a base consiga apresentar um candidato forte — partindo do pressuposto de que o candidato governista estará presente no segundo turno das eleições em Goiânia — a mesma fonte acredita que, com base em pesquisas internas, o adversário a ser enfrentado será o senador Vanderlan Cardoso.

Apesar de não contar com o apoio de partidos políticos significativos, o nome de Vanderlan possui grande alcance em Goiânia. Vale ressaltar que o senador, que foi prefeito de Senador Canedo, já participou de duas eleições em Goiânia e chegou próximo à vitória em ambas as ocasiões. Vanderlan foi adversário direto em segundo turno dos ex-governadores Iris Rezende Machado e Maguito Vilela, e por isso, entre outros motivos, não deve ser subestimado.

Outro ponto relevante para o grupo governista é a possível aliança entre Cardoso e o “grupo do PT”. Nos bastidores, comenta-se que é certo que Vanderlan e Accorsi não estarão juntos durante o primeiro turno das eleições. Entretanto, caso apenas um deles avance para o segundo turno, comenta-se que está acordado um apoio mútuo integral.

Construção

Conforme mostrado pelo O HOJE, nos últimos dias figuras de peso ligadas ao governador saíram à campo. A ideia é encontrar alguém com robustez política suficiente para minimizar ao máximo o desafio que passa pela construção de um nome competitivo em tão pouco tempo. O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) José Vitti foi um dos sondados pelo grupo caiadista. O político até demonstrou entusiasmo com a possibilidade, mas disse que é preciso haver consenso e isso, todos sabem, não será algo fácil. Como se não bastasse o fato de que muitos ainda vêem Jânio como um nome ‘no jogo’, a construção de Vitti seria, sem dúvidas, um desafio ainda maior do que o próprio Darrot. 

Também foram especulados os nomes do empresário Sandro Mabel e do titular da Secretaria de Infraestrutura, Pedro Sales. O primeiro deles não esconde o desinteresse. Reafirmou à imprensa local, inclusive, que não será candidato e que existem bons nomes no cenário. Sales, por sua vez, chegou a ser ensaiado logo no princípio das movimentações políticas por Goiânia. Ele declarou publicamente que seria um fiel escudeiro do governador e atuária onde e como Caiado desejasse, mas seu nome não foi levado adiante e acabou ‘engolido’ pelos verdadeiramente interessados na cena goianiense. 

Na última semana, porém, um aliado de peso do governador Ronaldo Caiado cravou à reportagem do O HOJE que, na verdade, o gestor tem, e sempre teve, uma carta na manga: o nome de Ana Paula Rezende, filha do ex-prefeito e ex-governador Iris Rezende Machado. A aposta desse interlocutor é que ‘no momento certo’ Ana Paula será anunciada o nome da base governista e tende, segundo ele, a polarizar com Vanderlan no segundo turno em Goiânia. Resta aguardar.