Em delação, Cid assegura existência de minuta, mas diz não poder confirmar planejamento golpista

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi chamado, pela sétima vez, para depor

Postado em: 12-03-2024 às 15h30
Por: Isadora Miranda
Imagem Ilustrando a Notícia: Em delação, Cid assegura existência de minuta, mas diz não poder confirmar planejamento golpista
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi chamado, pela sétima vez, para depor | Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Após ser convocado, novamente, para prestar esclarecimentos à Polícia Federal (PF), o tenente-coronel Mauro Cid fez revelações acerca de questões envolvendo vacinas, o caso das joias do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e, ainda, confirmou a ocorrência do suposto planejamento de Golpe de Estado. Em setembro de 2023, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro fechou, com a PF, um acordo de delação premiada. As informações foram dadas pela Camila Bomfim, jornalista da GloboNews.  

Suposto Golpe 

Em concordância com investigadores, Cid assegurou o fato de que pessoas próximas a Bolsonaro já tinham ciência sobre o grau de confiabilidade das urnas. Entretanto, todos os envolvidos teriam escolhido prosseguir com a organização de reuniões e, principalmente, com a depreciação do sistema eleitoral, levantando questionamentos infundados — porque, dessa forma, segundo o delator, o golpe teria uma justificativa plausível para ocorrer.  

Ademais, mensagens públicas encontradas no celular de Cid corroboram com a declaração de que, mesmo com as comprovações sobre a lisura do código-fonte e, respectivamente, das urnas eletrônicas, o plano teria persistido. Nessa época, inclusive, a minuta do golpe teria sido elaborada.  

Continua após a publicidade

Segundo apuração da CNN, quando perguntado sobre a suposta trama de Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens voltou a afirmar: a minuta que decretava estado de defesa havia sido discutida, mas não é possível garantir que o ex-presidente pretendia realizar um golpe.

Mauro Cid corroborou outros depoimentos, como o de Marco Freire Gomes, ex-comandante do Exército, que afirmou ser contrário ao golpe. Os investigadores estariam “satisfeitos” com a cooperação de Cid, que é obrigado a colaborar até o fim do inquérito.

Veja Também