Após 8 anos, PT acredita que pode recuperar comando do Paço

Último prefeito eleito pelo partido na capital foi Paulo Garcia, em 2012

Postado em: 19-03-2024 às 10h30
Por: Francisco Costa
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Em 2024, o Partido dos Trabalhadores vislumbra novamente  a possibilidade com a deputada federal Adriana Accorsi | Foto: Hellenn Reis/Alego

Em 2012, o PT elegeu seu último prefeito em Goiânia. O escolhido foi Paulo Garcia, que já estava na cadeira, pois assumiu em 2010, após o titular, Iris Rezende (MDB), renunciar para disputar o governo de Goiás. Em 2024, o Partido dos Trabalhadores vislumbra novamente  a possibilidade com a deputada federal Adriana Accorsi.

Mas de volta ao ano de 2010, naquele momento, o PT retornou após hiato de seis anos, quando Pedro Wilson terminou o mandato em 2004. Garcia, então, deu sequência  gestão Iris e garantiu a manutenção da cadeira em 2012 com uma vitória em primeiro turno.

O petista teve 57,68% dos votos válidos, superando o ex-deputado federal Jovair Arantes, então PTB, que atingiu 14,25% dos eleitores. Foi uma eleição polarizada: Simeyzon fez 10,75%; Elias Junior, 10,22%; Isaura Lemos, 3,34%; Professor Pantaleão, 3,16%; José Netho, 0,31%; e Rubens Donizzeti, 0,30%. 

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Paulo Garcia teve o fim do mandato no apagar das luzes de 2016. Desde então, o PT não elegeu um novo nome na capital, apesar das tentativas. O petista deixou o cargo com desgastes, sobretudo com problemas de coleta de lixo. Enquanto ele dizia que o emedebista passou a “Casa” com problemas financeiros, Iris, de olho no retorno, afirmava que as contas públicas do petista estavam arrasadas. 

O discurso que pegou foi o contrário ao petista. 2016 era ano de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), além do auge do antipetismo. Nas eleições municipais daquele ano, Adriana Accorsi, então deputada estadual, tentava sua primeira corrida ao paço da capital. 

Como resultado, ela terminou em quinto lugar com 6,73% dos votos. No primeiro turno, Iris liderou com 40,47% dos eleitores, seguido de Vanderlan Cardoso, 31,84%. Terceiro e quarto colocado foram: Delegado Waldir, com 10,48%; e Francisco Jr., 9,31%. No segundo turno, Rezende confirmou o favoritismo com 57,70%.

Em 2020, Adriana retorna ao páreo. Dessa vez, a petista sobe posições e termina o pleito, ainda e primeiro turno, na terceira posição, com 13,39% do eleitorado da capital. Ela é superada por Maguito Vilela (MDB), 36,02%, e Vanderlan Cardoso (PSD), 24,67%. O emedebista levou a melhor na segunda etapa, com 52,60% dos votos válidos. 

Quatro anos depois, Accorsi é novamente pré-candidato. Dessa vez, o presidente é Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar da polarização – petismo e bolsonarismo –, o antipetismo é mais baixo que nos últimos oito anos. Aliados e analistas veem como a grande chance de Adriana.

A deputada federal, inclusive, aparece bem colocada em todas as pesquisas. Conforme os números recentes, o principal adversário da pré-candidata é o senador Vanderlan Cardoso, mas o bolsonarista Gustavo Gayer (PL), também deputado federal, representa uma ameaça. 

Outros nomes neste páreo são o do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), que segue em busca do apoio do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que pode dar fôlego para a reeleição; o emedebista Jânio Darrot; o empresário Leonardo Rizzo (Novo); além de outros nomes, como o do pré-candidato da divergência do PSD, vereador Lucas Kitão. Há, ainda, aqueles ventilados nos bastidores, como a filha de Iris Rezende, Ana Paula Rezende (MDB), e do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto. Ambos já deram sinais que não estarão no páreo, mas continuam cotados nos bastidores.

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