Em depoimento, Cid afirma que ex-assessor de Bolsonaro teria rasgado certificados falsos de vacinação

Nesta terça-feira, a Polícia Federal formalizou o indiciamento de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, do deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ) e outras 14 pessoas no inquérito que apura os comprovantes falsos de vacinação da Covid-19

Postado em: 19-03-2024 às 16h19
Por: Isadora Miranda
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Nesta terça-feira, a Polícia Federal formalizou o indiciamento de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, do deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ) e outras 14 pessoas no inquérito que apura os comprovantes falsos de vacinação da Covid-19 | Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, trouxe à tona revelações importantes durante seu depoimento à Polícia Federal (PF). Cid afirmou que Marcelo Câmara, coronel da reserva e ex-assessor da Presidência, foi responsável por destruir os certificados falsos pertencentes ao ex-presidente e sua filha, Laura Bolsonaro.

Além disso, Câmara teria ordenado a Cid que desfizesse as inserções fraudulentas nos documentos. Diante da pressão crescente das investigações, o ex-ajudante de ordens contatou Ailton Barros na tentativa de remover os dados falsificados dos cartões de vacinação. Segundo a PF, Bolsonaro teria efetivado ações com “consciência e vontade”, com o objetivo de fraudar dados do Sistema Único de Saúde (SUS).

Nesta terça-feira, a Polícia Federal formalizou o indiciamento de Jair Bolsonaro, Mauro Cid e o deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ) no inquérito que apura os comprovantes falsos de vacinação da Covid-19.

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo dos documentos, o que permitiu o acesso ao relatório. Segundo informações presentes no texto, que fundamentou o indiciamento do ex-presidente, Mauro Cid e outras 15 pessoas, as ordens para a produção dos certificados fraudados teria partido, diretamente, de Bolsonaro.

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