Advogado de Bolsonaro acusa PF de ‘perseguição’ e critica indiciamento

Segundo Fábio Wajngarten, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o indiciamento seria 'midiático'

Postado em: 19-03-2024 às 16h38
Por: Isadora Miranda
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Segundo Fábio Wajngarten, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o indiciamento seria 'midiático' | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nesta terça-feira (19/3), o advogado de Jair Bolsonaro (PL) e ex-chefe da Secom, Fabio Wajngarten, fez duras críticas ao indiciamento do ex-presidente, do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, do deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e de outras 14 pessoas no caso que investiga a falsificação de certificados de vacinas de Covid-19.

Em uma manifestação pública, Wajngarten classificou o indiciamento como absurdo e instou os candidatos apoiados por Bolsonaro a defendê-lo diante das investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) e pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que também estão averiguando se houve uma tentativa de golpe de Estado por parte do ex-presidente.

“Até o momento, a defesa técnica sequer teve acesso ao indiciamento de hoje, que na minha humilde opinião é tão absurdo quanto o caso da baleia”, escreveu Wajngarten nas redes sociais, referindo-se à investigação da PF sobre a suposta importunação de uma baleia jubarte por Bolsonaro durante um passeio em São Sebastião (SP) no ano passado.

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Wajngarten também defendeu a postura de Bolsonaro em relação à vacinação contra a Covid-19, apesar das críticas generalizadas. Ele mencionou que o ex-presidente adquiriu mais de 600 milhões de doses, enfatizando que a opinião pessoal de Bolsonaro sobre o tema é amplamente conhecida.

Desde o início da pandemia, Bolsonaro tem adotado uma postura de confronto com as medidas de proteção, desafiando o isolamento social, distribuindo remédios sem eficácia comprovada, incentivando aglomerações e propagando informações falsas sobre a doença.

O advogado também alegou que Bolsonaro, enquanto presidente, não precisava apresentar certificados em suas viagens, descrevendo o indiciamento como uma perseguição política e uma tentativa de minar seu capital político.

Segundo a PF, dados falsos de vacinação foram inseridos nos registros do Sistema Único de Saúde (SUS) do ex-presidente para emitir um certificado. Bolsonaro e os demais foram indiciados pela PF sob suspeita de inserção de dados falsos em sistema público e associação criminosa. A informação foi revelada pelo portal G1.

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