Caso Marielle: Chiquinho Brazão, deputado federal citado em delação de Ronnie Lessa, nega envolvimento com o crime

Menção ao deputado federal fez com que o caso tivesse que ser tramitado no Supremo Tribunal Federal (STF)

Postado em: 21-03-2024 às 11h33
Por: Isadora Miranda
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Menção ao deputado federal fez com que o caso tivesse que ser tramitado no Supremo Tribunal Federal (STF) | Foto: Agência Câmara

O deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) viu seu nome surgir na delação premiada de Ronnie Lessa, recentemente homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no caso Marielle Franco. Lessa, ex-policial militar, confessou ter realizado os disparos que tiraram a vida de Marielle e entregou informações sobre os envolvidos. Brazão nega qualquer participação no crime, mas a menção a ele levou o caso a tramitar na Suprema Corte.

Quem é Chiquinho Brazão

Chiquinho Brazão é irmão de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, também citado por Lessa. Ambos negam envolvimento com o assassinato de Marielle. Brazão, que foi vereador na mesma legislatura que a vítima, prestou depoimento à Delegacia de Homicídios nas primeiras semanas após o ocorrido. No entanto, uma denúncia anônima, feita no mesmo dia de seu depoimento, tentou atribuir o crime a um adversário político, o ex-vereador Marcelo Siciliano.

Em 2019, um relatório da Polícia Federal revelou que testemunhas foram plantadas para ligar Siciliano à morte de Marielle, desviando o foco das investigações. Ao ser questionado sobre seu conhecimento de Marielle, Brazão afirmou ter tido apenas contato dentro do parlamento e soube da morte dela enquanto jantava com outro vereador.

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Nota do deputado

Em nota, o deputado afirmou estar à disposição das autoridades para esclarecimentos e aguarda a verdade ser revelada.

“Surpreendido por especulações que buscam lhe envolver no crime que vitimou Marielle Franco e Anderson Gomes, o deputado federal Chiquinho Brazão esclarece que seu convívio com a vereadora sempre foi amistoso e cordial, sem espaço para desavenças, uma vez que ambos compartilhavam dos mesmos posicionamentos acerca da instalação de condomínios em comunidades carentes na zona oeste do Rio de Janeiro.

A despeito das hipóteses levantadas pela mídia e da falta de idoneidade do relato de um criminoso que fez dos assassinatos sua forma de vida, coloca-se à disposição das autoridades para todo e qualquer esclarecimento, ao passo em que, com serenidade e amparado pela verdade, aguarda o esclarecimento dos fatos”, diz o texto.

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