Relatório que indicava desaparecimento de móveis foi elaborado pela gestão Bolsonaro, afirma Governo Federal

Na última quarta-feira (20/3), Jair Bolsonaro chegou a reagir em suas redes sociais e acusar o presidente Lula (PT) de 'falsa acusação de furto'

Postado em: 21-03-2024 às 12h17
Por: Isadora Miranda
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Na última quarta-feira (20/3), Jair Bolsonaro chegou a reagir em suas redes sociais e acusar o presidente Lula (PT) de 'falsa acusação de furto' | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em nota, divulgada nesta quarta-feira (20/3), o governo federal contestou a responsabilidade sobre o desaparecimento de 261 móveis do Palácio da Alvorada durante a gestão de Jair Bolsonaro. De acordo com o comunicado, o relatório indicando o “sumiço” foi elaborado durante o governo anterior e entregue após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República explicou que parte dos móveis foi encontrada abandonada em depósitos sem controle, não apenas no Palácio da Alvorada. A busca pelos itens perdidos foi concluída no segundo semestre de 2023. O governo também defendeu a compra de novos móveis para recompor o ambiente do Palácio, que estava deteriorado.

O presidente Lula, ao assumir em 2023, afirmou que as peças teriam sido retiradas por Bolsonaro, o que embasou a compra de mais de R$ 250 mil em móveis para o local. Em reação às acusações de Lula, Bolsonaro acusou-o de “falsa comunicação de furto”.

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Nota

A nota completa reitera que o relatório sobre o sumiço foi concluído durante a gestão Bolsonaro e finalizado pela equipe do governo anterior. Além disso, ressalta que os móveis adquiridos para recompor o ambiente do Palácio não são os mesmos da lista de patrimônio perdido, e que o patrimônio adquirido faz parte do mobiliário presidencial, não pertencendo a um presidente específico. Confira o texto na íntegra:

O relatório que diz que 261 móveis estavam perdidos foi emitido no dia 4 de janeiro, concluindo um trabalho feito durante o governo Bolsonaro e finalizado pela equipe do governo anterior. Foi essa a informação recebida no início desta gestão. Ou seja, quem não sabia onde estavam os móveis era a gestão anterior, parte deles abandonados em depósitos e sem controle.

Só no segundo semestre de 2023 o atual governo conclui a busca por todos os móveis que estavam perdidos na gestão Bolsonaro em diversas dependências diferentes da Presidência da República – não só no Alvorada. O governo atual que localizou esse patrimônio perdido.

Os móveis que foram comprados para viabilizar a mudança do presidente ao Palácio do Alvorada foram os imprescindíveis para recompor o ambiente do Palácio de acordo com seu projeto arquitetônico, e não são os mesmos da lista de patrimônio perdido. Foram comprados para recompor o ambiente do Palácio que estava deteriorado, como foi mostrado inclusive por jornalistas.

Também não quer dizer que os 261 móveis encontrados estavam em condições de uso. O patrimônio adquirido não pertence, assim como todo o patrimônio do Alvorada, a um ou outro presidente, mas sim compõem o patrimônio e mobiliário presidencial.

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