Puxado pelo agronegócio, PIB goiano cresce 4,4% em 2023

Governador voltou a dizer que estado deverá seguir índices da OCDE em vez das metas do governo federal

Postado em: 28-03-2024 às 09h30
Por: Gabriel Neves Matos
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Goiás também registrou 3,1% na participação do PIB do país, considerado o maior índice desde 2010, conforme o IMB | Foto: Wesley Costa/Divulgação/Secom Goiás

Puxado pelo agronegócio, o Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás cresceu 4,4% no fechamento de 2023, segundo projeção do Instituto Mauro Borges (IMB), órgão de estudos e pesquisas do governo estadual. O percentual corresponde ao montante de R$ 336,7 bilhões, considerado o maior valor da série histórica e que pode fazer com que Goiás fique acima da média nacional. Os dados foram divulgados na quarta-feira (27) pelo governador Ronaldo Caiado (UB)  em evento no Palácio das Esmeraldas. 

De acordo com o levantamento do IMB, três setores pesquisados tiveram desempenho significativo para incremento de R$ 26,5 bilhões na produção goiana. Na comparação entre 2022 e 2023, a agropecuária foi a que mais cresceu, com alta de 12,9%, seguido da indústria, com 3,8%, e do setor de serviços, com 2,2%, e que é responsável por pelo menos 60% da economia local, abrangendo limpeza, atendimento ao consumidor, transporte e beleza, por exemplo. 

O desempenho representa impacto direto na geração de emprego e renda. A projeção do IMB, caso se confirme pela divulgação dos índices do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coloca o PIB goiano acima da média para o Brasil no mesmo período, que hoje está em 2,9%. O governador celebrou os números e disse que a visão da sua gestão é a de dar liberdade econômica a Goiás e assim facilitar a vida do empresário, com a diminuição da burocracia para atender àqueles que geram emprego. 

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“Estamos colocando Goiás no patamar que ele merece. Criamos uma mentalidade, uma conduta de atingir metas superiores”, afirmou Caiado, acrescentando que trabalha para que Goiás seja não apenas um estado competitivo na seara da atividade econômica, mas que forneça também qualidade de vida para a população. “São dados embasados, consistentes e confiáveis. Não tem nenhum achismo”, disse, a respeito da projeção do IMB.

Goiás também registrou 3,1% na participação do PIB do país, considerado o maior índice desde 2010, conforme o IMB. O diretor-executivo do órgão, Erik Figueiredo, comentou que esse índice já se apresentava como tendência desde 2018. Em outra frente, houve redução do “Custo Goiás”, novo indicador que mede o custo para abertura e manutenção de empresas. 

Parte dos dados sobre a performance econômica de Goiás foram adiantados pela secretária estadual de Economia, Selene Peres, na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) na semana passada. Conforme mostrou O HOJE, Peres enfatizou na ocasião que Goiás alcançou equilíbrio das contas públicas e que ocupa o topo do ranking entre os estados com melhor potencial de mercado do país.

Durante o anúncio dos números, o governador Ronaldo Caiado voltou a dizer que Goiás deverá seguir os parâmetros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em vez das metas estabelecidas pelo governo federal para os indicadores econômicos do estado.

No fim do ano passado, ao lançar um programa para facilitar a atividade econômica em Goiás, Caiado explicou que essa mudança se baseia no fato de que Goiás tem tido um desempenho melhor em diversos aspectos em comparação com o Brasil, e isso justificaria adotar os índices da OCDE como base.

“Nenhum outro estado vive momento tão ascendente no país. Estamos mostrando que, com respeito ao dinheiro público, as coisas acontecem. Em Goiás, não utilizaremos mais metas do governo federal; a partir de agora, teremos como parâmetro os índices da OCDE. Nossa meta é crescer sempre acima da média nacional”, disse.

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