PSB articula pelo primeiro escalão das siglas em Goiás

Presidente metropolitano da legenda chama atenção para formação da chapa de vereadores

Postado em: 28-03-2024 às 10h30
Por: Francisco Costa
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Desde novembro, presidente da Alego se movimenta pelo fortalecimento da sigla mesmo sem estar filiado | Foto: Montagem

O PSB tem apostado em nomes de peso para alcançar a elite dos partidos de Goiás. Há cerca de uma semana, o ex-deputado estadual Vinícius Cirqueira assumiu a presidência metropolitana da legenda. 

Antes disso, o presidente estadual, Elias Vaz, convidou o também ex-deputado estadual Alysson Lima para disputar a Câmara Municipal. A expectativa é que ele figure como um puxador de votos nas eleições de 2024. Nesta semana, o partido também filiou Ludmila Rosa, além de já ter em seus quadros, de olho no parlamento goianiense, como Lucilene Kalunga e outros.

O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, deputado estadual Bruno Peixoto (União Brasil) também foi convidado para se juntar ao grupo. O parlamentar chegou a se colocar como pré-candidato à prefeitura de Goiânia, mas recuou. Na primeira sessão deste ano legislativo, ele disse que permaneceria na presidência da Casa e que trabalharia para, em 2026, disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados.

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De acordo com Alysson, em entrevista recente ao Jornal O Hoje, as conversas com Bruno estão adiantadas e a expectativa de filiação é real. Esta, contudo, deve aguardar – para avançar, uma vez que não há janela partidária – até o segundo semestre. “Ele deve esperar passar a eleição”, revela Lima sobre possíveis desgastes. De acordo com ele, Peixoto é um nome importante e estratégico, que teria muito a agregar ao PSB.

Com reforços e uma chapa competitiva para a Câmara de Goiânia, o partido espera se destacar no cenário estadual. Inclusive, Vinícius Cirqueira, que trabalha para montar o grupo, tem uma meta ousada. 

“Hoje temos uma chapa muito competitiva e nosso objetivo é eleger quatro vereadores em Goiânia”, estipula. “Na verdade, estou trabalhando nessa chapa, a convite do Elias, desde novembro. E o Bruno [Peixoto] já está fortalecendo o partido mesmo sem estar filiado”, o que revela o engajamento do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás. 

Sobre a filiação e a presidência metropolitana, ele afirma que não foi uma escolha difícil, dado ao seu histórico de militância política. “Ainda mais já com funções orgânicas. Fortaleceu ainda mais a nossa convicção.”

Questionado sobre a majoritária, ele afirma que o momento é de focar na chapa de vereadores. Até o dia 6 de abril está aberta a janela partidária e podem ocorrer filiações, mudanças de legenda. “Passando esse momento, vamos começar a ter uma atenção a mais para a questão majoritária. Para fazer uma composição com alguém do campo progressista, do campo democrático.”

Em paralelo, o senador Jorge Kajuru coordena uma agenda de peso como vice-líder do Governo no Senado. Com livre trânsito na gestão Lula, o parlamentar trabalha como um articulador no fortalecimento da legenda em cenário local e nacional. A sigla, por sinal, conta com a figura do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, em suas fileiras. 

Nada natural

Aparentemente, o nome mais óbvio para uma composição majoritária seria com a pré-candidata Adriana Accorsi (PT). Contudo, a aliança do partido com o PT “não é natural em Goiás”, conforme revelou Alysson Lima. Para que esta se concretize, será preciso sentar e conversar.

Vale lembrar, nacionalmente os partidos estão unidos, por meio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seu vice. Mas como não se trata de uma federação, mas uma aliança, as conversas devem seguir localmente. 

É preciso dizer, o PSB, neste momento, não tem pretensão de ter um nome na disputa ao Paço. Desta forma, caso não feche parceria com o PT, nada impede que a legenda comandada no Estado pelo ex-deputado federal Elias Vaz caminhe com outro pré-candidato.

O PT lançou, ainda no ano passado, o nome da deputada federal Adriana Accorsi como pré-candidata. Outros nomes ganham corpo como do senador Valderlan Cardoso e do vereador Lucas Kitão, ambos do PSD; do ex-prefeito de Trindade, Jânio Darrot (MDB); do deputado federal Gustavo Gayer (PL); além do próprio prefeito Rogério Cruz (Republicanos); e outros.

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