Vanderlan Cardoso na Capital fortalece Pellozo em Canedo

Senador cravou que vai concorrer, o que desidrata projeto da esposa Isaura Cardoso na cidade vizinha

Postado em: 01-04-2024 às 09h00
Por: Yago Sales
Imagem Ilustrando a Notícia: Vanderlan Cardoso na Capital fortalece Pellozo em Canedo
O senador Vanderlan Cardoso confirmou na sexta-feira que vai disputar o cargo de prefeito de Goiânia | Foto: Reprodução

O senador Vanderlan Cardoso, o que surpreendeu zero pessoas, é, sim, o candidato do PSD ao Paço em outubro na capital. Vanderlan ignorou a pré-candidatura do jovem vereador Lucas Kitão – que, com direito a festança e coletiva de imprensa disse que disputaria prévias na sigla de  Gilberto Kassab que, atualmente, é a que comanda o maior número de prefeitos do Brasil. 

Vanderlan, que acumula mais derrotas do que vitórias – das quais pode orgulhar-se pela capacidade de aglomerar votos, como a de senador em 2018 – tem como meta político-eleitoral candidatar-se a cada dois anos. Com isso, mantém-se vivo com o eleitorado que, pelo distanciamento, não estranha o sumiço do político das ruas e mídia por causa do burocrático cargo no Senado Federal. 

Mesmo assim, Vanderlan desponta em algumas pesquisas. Está tão no imaginário do goianiense que chegou a ser cogitado a estar junto com a deputada federal do Partido dos Trabalhadores Delegada Adriana Accorsi pela corrida pelo Paço. Semanas atrás, contudo, o senador, indo em movimento de alguns nomes da sigla em Goiânia – da qual é presidente estadual – e afirmou que seria o candidato à Prefeitura da capital goiana pela terceira vez em sua biografia. 

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Em 2020, também pelo PSD, Vanderlan Cardoso foi ao segundo turno contra a chapa encabeçada por Maguito Vilela – com Rogério Cruz (Republicanos) na vice. A campanha, em meio à pandemia de Covid-19, terminou com o principal rival de Cardoso internado em São Paulo por causa do coronavírus, que contraiu durante a intensa agenda eleitoral. Vilela morreu logo depois de ter tomado posse ainda no leito da UTI. 

Em 2016, pelo PSB do socialista Elias Vaz – e do polêmico Jorge Kajuru, que atualmente está na legenda -, Vanderlan enfrentou outro cacique não apenas do MDB, mas da política goiana: Iris Rezende Machado que, embora com uma gestão vacilante, cheia de problemas, venceu, no segundo turno com 57,70%, ou seja, 379.318 votos. À época, Cardoso teve 42,30%. Eram 278.074 eleitores que o escolheram como prefeito. 

Já em 2010, Vanderlan havia tentado ao Palácio das Esmeraldas. Assim como em 2010. Saiu derrotado, do ponto de vista eleitoral, de ambas as disputas. Inegavelmente, filiado ao PR, o ex-prefeito de Senador Canedo havia conseguido um capital político invejável. Por isso não foi surpreendente que, em 2018, chegado ao Senado Federal. Afinal, eram duas vagas. Uma ficou com ele e a outra com Jorge Kajuru. O pleito é amargo para uma das personalidades políticas de Goiás, o ex-governador Marconi Perillo, que perdeu o pleito. 

Agora, a sensação é que, com o foco na capital, Vanderlan possa desistir de gastar energia em Senador Canedo, onde havia se cogitado lançar a suplente na vaga de senador de Wilder Morais, a esposa de Vanderlan, Isaura Cardoso. 

E, claro, tirando uma pedra de tropeço com o peso dela, facilitar, ainda mais, a caminhada do atual prefeito Fernando Pellozo (União Brasil) que, aliás, é cria política de Cardoso. Rompidos, por causa da ciumeira causada pela proximidade de Pellozo com o governador Ronaldo Caiado, que acabou o arrastando ao UB, havia, a não muito tempo, sinais de que poderiam entrar em um consenso e lançar uma chapa. Paira no ar, contudo, a conhecida aura indolor, insossa, de cada um por si. Assim, Pellozo fica ainda mais forte sem Isaura.

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