Em cerimônia, Lula é vacinado contra a gripe e ironiza Bolsonaro: ‘Ninguém vai virar jacaré’ 

Em sessão no Palácio do Planalto, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a importância de enfrentar a descrença na ciência, a recusa às vacinas e a propagação de notícias falsas. Trindade ressaltou os esforços na recuperação de programas essenciais, como a Farmácia Popular e o Mais Médicos, através da medida implementada no final de 2022. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou apoio à ministra, encorajando-a a ser mais incisiva em questões como a dos hospitais do Rio. Ele ressaltou a necessidade de comunicação direta com a população sobre as ações do ministério, especialmente para os mais necessitados. 

A presença do chefe do Executivo foi interpretada como uma maneira de “abrandar” as críticas antes destinadas à Nísia em meio às crises enfrentadas por ela durante a sua gestão da pasta.  

Em relação às políticas de saúde, Trindade abordou os esforços no combate à dengue, o fortalecimento do programa “Saúde da Família” e avanços no Mais Médicos e Brasil Sorridente. Ela anunciou novas iniciativas, como o “Mais Acesso a Especialistas”, visando reduzir os tempos de espera no SUS através da telessaúde e da integração de serviços. 

O Ministério da Saúde informou sobre a ampliação do horário de atendimento das unidades e a meta de realizar, anualmente, um grande número de cirurgias adicionais até 2026. Trindade também anunciou o lançamento de um programa voltado ao tratamento do câncer, com investimentos em novas terapias e produção nacional de insumos. 

A ministra reforçou o compromisso de realizar sessões periódicas para apresentar detalhes e resultados dos programas em andamento, visando a transparência e prestação de contas à população. 

Vacinação 

Lula usou o momento para tomar, em público, a vacina da gripe, aproveitando, também, para ironizar Jair Bolsonaro ao dizer que “ninguém vira jacaré”. No ano de 2020, em meio ao cenário pandêmico, o ex-presidente declarou que não havia garantias de que os efeitos colaterais do imunizante não transformariam a população em “jacaré” e, por isso, não se responsabilizaria.