Bolsonaro processa União por declarações de Lula sobre ‘sumiço’ de móveis da Alvorada 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) processou a União em razão das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o caso dos móveis do Palácio da Alvorada. Outro pedido já havia sido protocolado, porém, esse foi extinguido pela Justiça, que concluiu que o processo deveria ser movido contra a União.  

Assim, na última quarta-feira (10/4), houve a protocolização de outro pedido no Juizado Especial Cível Adjunto à 17ª Vara Federal da Seção Judiciária Federal do Distrito Federal. Dessa vez, os advogados requerem, além da condenação por danos morais que, supostamente, teriam sido sofridos por ele e por Michelle Bolsonaro, no valor de R$ 20 mil. Além disso, pediram, também, uma retratação por meio de canais oficiais da Presidência e de uma nota à imprensa.  

“Entretanto, da mesma maneira que o ente, por meio de órgão, realizou o ato lesivo, da mesma forma ele poderá se retratar. No caso, é a própria União que atrai a responsabilidade por reparar os danos causados pelo Réu que, ocupando o cargo de Presidente da República, proferiu as inverdades que causaram severo dano à honra dos Autores”, afirmam os advogados Marcelo Bessa e Diovane Rodrigues.  

A defesa diz, ainda, que Lula teria “destilado ódio e ofensas direcionadas em todas as manifestações públicas” relativas a ele.  

O que aconteceu 

As farpas começaram a ser trocadas no início do ano passado, quando houve a transição da antiga gestão de Bolsonaro para a atual de Lula. Na época, o petista afirmou que móveis haviam desaparecido da Alvorada, relato que foi corroborado por Janja, que reclamou das condições da residência oficial. Ademais, o “sumiço” das mobílias teria sido uma das justificativas para que o gasto de R$ 196,7 mil em móveis fosse efetivado.