Pré-candidatos buscam mulheres para vice na corrida por Goiânia

Nos bastidores, alguns nomes já são encarados como principais possibilidades no leque feminino

Postado em: 15-04-2024 às 10h02
Por: Gabriel Neves Matos
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Mayara Mendanha e Luciene Peixoto são possibilidades no leque feminino para as composições | Foto: Divulgação

Alguns dos principais pré-candidatos a prefeito de Goiânia estão em busca de mulheres para compor chapa na eleição deste ano. Postulantes de siglas como União Brasil e PSD já vocalizaram ou sinalizaram o desejo que só deve ser chancelado nas convenções partidárias em agosto. Até lá, o espírito dentro dos partidos é de negociação e conversas para aventar as composições femininas.  

Nome da base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) para a disputa na Capital, o empresário e pré-candidato a prefeito, Sandro Mabel, expressou nas últimas semanas que gostaria de compor chapa com uma mulher, e que ela fosse preferencialmente evangélica. Até o nome de Ana Paula Rezende (MDB), filha do ex-governador Iris Rezende, chegou a ser cogitado para a possível aliança — embora ela própria já tenha declarado em entrevistas que não quer disputar as eleições deste ano. 

Conforme mostrou O HOJE, em uma reunião com os vereadores na Câmara Municipal de Goiânia na semana passada, a qual a reportagem acompanhou, Mabel levantou o assunto da vice feminina. Como resposta, ouviu uma sugestão do vereador Sandes Júnior (MDB) para fazer a escolha da vice somente após divulgação de pesquisas qualitativas. “Porque quando você fala a vice deve ser evangélica, o católico fica com raiva”, disse. O empresário garantiu que acataria a ideia do parlamentar. A vereadora Aava Santiago (PSDB), em tom de brincadeira, chegou a se prontificar para ser a vice de Mabel quando Sandes o sugestionou. 

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Outro pré-candidato que também pode compor com uma mulher é o senador Vanderlan Cardoso (PSD). De acordo com aliados do parlamentar, ele não descarta essa possibilidade. Na eleição municipal de 2020, o ex-prefeito de Senador Canedo montou chapa com o empresário Wilder Morais, à época no PSC, e foi derrotado pelo candidato Maguito Vilela (MDB), vitorioso com 52,6% dos votos. 

Ainda no leque de possibilidades femininas para a Prefeitura de Goiânia, o nome da ex-primeira-dama de Aparecida de Goiânia Mayara Mendanha voltou a ser cogitado como possibilidade de indicação de vice após filiar-se ao PL e transferir o domicílio eleitoral para Goiânia. Ela e o marido, Gustavo Mendanha, ex-prefeito de Aparecida, estão de mudança para a Capital. 

Pelas redes sociais, ela se mostrou aberta a possíveis composições ao escrever: “Como boa soldada, me apresento ao combate”. E completou: “Sou Mayara Mendanha, ex-secretária, mãe, empreendedora, evangélica e alguém que sonha com dias melhores, e isso passa por não permitir que partidos como o PT assumam novamente a gestão de nossa Capital.” Ainda que esteja apenas no campo da possibilidade, Mayara é vista como o nome que melhor se encaixaria no perfil buscado por Sandro Mabel, por exemplo, dada a sua experiência ao lado de Gustavo na gestão de Aparecida. 

Na seara da janela partidária, encerrada há duas semanas, outra mulher que ganhou tração nas novas negociações de montagem de chapa foi a empresária Luciene Peixoto, esposa do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (UB). Ela se descompatibilizou da Companhia de Desenvolvimento de Goiás (Codego) para se filiar ao Avante.

Com o esposo descartado das alternativas caiadistas para Goiânia, Luciene deve ser a aposta do Avante para ser candidata a vice-prefeita em alguma chapa que avalize o projeto da sigla, de acordo com o vereador Thialu Guiotti, presidente do diretório estadual do Avante. 

Única mulher entre os atuais pré-candidatos à Prefeitura de Goiânia, a deputada federal Adriana Accorsi (PT) largou a pré-campanha com o lema da frente ampla e agora negocia a vice. Ela afirmou à reportagem do HOJE na semana passada que tem mantido diálogo com partidos, e que existe possibilidade de o PSB indicar sua vice, mas diz que esse assunto ainda não foi tratado objetivamente pelas siglas.  

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