Prefeitura aposta em bicicletas compartilhadas e descarta pedágios e rodízios

Gestão Rogério Cruz detalhou, em coletiva de imprensa, plano de mobilidade que promete desafogar trânsito em Goiânia em três anos. Executivo já prepara chamamento de bicicletas compartilhadas e licitação para ampliação da malha cicloviária

Postado em: 17-04-2024 às 09h30
Por: Felipe Cardoso
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Também estão previstas ações para o transporte coletivo | Foto: Montagem

Apesar dos dias contados para as eleições deste ano, o prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) tem se dedicado a projetos que ultrapassam os limites dessa e das próximas  gestões em Goiânia. Na última terça-feira, 16, em coletiva de imprensa, técnicos ligados ao Plano de Mobilidade Urbana de Goiânia, batizado como Planmobgym, detalharam à imprensa as ações que pretendem adotar já nesse semestre na tentativa de aliviar o caótico trânsito da capital.

Integrantes do time escalado para pôr em prática as ações planejadas, bem como lapidar outras iniciativas que ainda serão adotadas, reiteraram, primeiro, que não há qualquer intenção de se instalar pedágio urbano em Goiânia, muito menos de adotar um sistema de rodízio entre os veículos. 

Segundo os técnicos, a citação sobre estudo de gestão de demanda para avaliar a aplicação de taxação de congestionamento não significa que haja projeto em curso para cobrança de pedágio urbano na cidade. “Eu tenho certeza de que o Plano de Mobilidade, por meio do que nós estamos fazendo, vai possibilitar que nada que seja drástico possa acontecer no município de Goiânia”, ressaltou o coordenador do Plano de Mobilidade Urbana de Goiânia, Jonas Guimarães. E completou: “Tenho muita convicção de que se nós, hoje, discutirmos pedágio, taxa, nós perderemos tempo”, destacou o coordenador do Plano. 

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Não há, segundo ele, qualquer discussão, em nenhum estágio, sobre a implementação de cobranças ou restrição de deslocamentos na capital. “Na verdade, nós estamos preparados para não cobrar pedágio. Por isso é que temos o Plano de Mobilidade, que é para que nós não tenhamos nenhum fracasso na mobilidade urbana de Goiânia.”

Apostas 

A Prefeitura de Goiânia anunciou que, por meio da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh), em parceria com a Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM), prepara o chamamento de bicicletas compartilhadas. A publicação está prevista para ocorrer em até 30 dias. Segundo a proposta, o número de equipamentos deve variar de acordo com a região, chegando a 20 bicicletas por ponto. Neste primeiro momento, cerca de 20 pontos estão em estudo para receber as bicicletas. 

“Temos aumentado a fiscalização para garantir o respeito às ciclovias e ciclorrotas. Também trabalhamos na criação de um corredor de 42 quilômetros, ligando o Universitário até o Samambaia, com uma licitação para aumentar a malha cicloviária de Goiânia e melhorar a mobilidade. A previsão é que as obras comecem no início do segundo semestre de 2024, caso a licitação transcorra dentro do prazo aguardado.”, explicou o secretário municipal de Mobilidade, Marcelo Torrubia, ao frisar que atualmente a capital conta com cerca de 128,95 km de ciclovias.

Transporte coletivo

Dentre os assuntos, estratégias para incentivo ao uso do transporte coletivo também foram apresentadas pelo presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), Tarcísio Abreu. Ele destacou, durante a coletiva, ações como a reformulação de linhas, aquisição de ônibus elétricos e formatos de bilhetagem que facilitem o acesso ao transporte público em Goiânia e Região Metropolitana.

“Estamos trabalhando com o que a população está pedindo hoje. A prioridade da Prefeitura de Goiânia e do prefeito Rogério é cuidar das pessoas, e quando falamos sobre isso, falamos também de investimentos em transporte público. Já temos seis ônibus elétricos em operação, temos mais 200 novos para chegar em 2024 e entregamos novos terminais de ônibus. Todas essas ações fazem parte do Plano de Mobilidade”, explicou Tarcísio.

“A gestão do prefeito Rogério assumiu o compromisso de entregar o BRT, que é uma obra que iniciou em 2015 e foi atrasada em administrações anteriores. O BRT irá circular a partir do 2º semestre. Serão 50 ônibus, 10 elétricos e 40, convencionais. Veículos de 15 metros, com ar-condicionado, próprios para o BRT, estão sendo preparados para isso”, explicou Tarcísio, ao pontuar que todas as estações estarão prontas até maio.

O presidente da CMTC também apresentou resultados iniciais do estudo Origem-Destino, com objetivo de entender os padrões de deslocamento da população e, assim, realizar o devido planejamento do transporte público e da infraestrutura urbana. “Hoje há 296 linhas. Dentro desse estudo, dessa avaliação que foi feita, percebemos que, nesse primeiro momento, 75 linhas podem ser modificadas de forma imediata”, explicou. 

Ele detalhou que o principal foco da reformulação é otimizar as rotas de transporte público com base na análise detalhada de origens e destinos dos passageiros. “Estamos aprofundando para que a gente possa ter uma noção exata disso. Vamos reduzir o tempo de intervalo entre as viagens, mudar a rota e investir nas linhas”, completou.

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