Disputa em Luziânia deve ter “guerra” entre prefeito e a vice

Rompidos de 2021, prefeito Diego Sorgatto e a sua vice Ana Lúcia já travam uma batalha em prol de construção de chapas e viabilidade de projeto. Diego vai a reeleição

Postado em: 17-04-2024 às 10h30
Por: Yago Sales
Imagem Ilustrando a Notícia: Disputa em Luziânia deve ter “guerra” entre prefeito e a vice
Luziânia deve enfrentar uma disputa acirrada para que este ou aquele grupo político comande a cidade | Foto: Reprodução

Mais de 200 anos atrás, lá pelo ano de 1746, ali se concentrava milhares de garimpeiros em busca, claro, de ouro. Era praticamente o lançamento da pedra fundamental do município, hoje denominado, Luziânia. Município goiano, foi um dos primeiros que entraram, no Centro-Oeste, no mapa de um Brasil não tão novo, mas também não tão antigo. O ouro trouxe poder à cidade, atraindo gente de todo canto, assim como é hoje, por conta da proximidade com o Distrito Federal e por oferecer oportunidades de trabalho para quem, ao passar por lá, desiste de viajar a Goiânia.  

Como não deverá ser diferente em relação aos mais de 5 mil municípios pelo país, Luziânia deve enfrentar uma disputa acirrada para que este ou aquele grupo político comande a cidade. Alguns fatores, no entanto, levam a pôr na mesa algumas certezas: o atual prefeito, Diego Sorgatto, além de filiado ao União Brasil, tem apoio do governador Ronaldo Caiado, que preside a legenda a nível estadual. 

A eleição está prevista para ocorrer em outubro, mas a movimentação na cidade é grande. Até porque, já está dentro do prazo previsto para aqueles que querem propor seu nome para a disputa interna em partidos como pré-candidatos façam o próprio lobby. Não pode, claro, pedir votos, mas apontar que está disposto a administrar a cidade. 

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Evidentemente, o pré-candidato também precisa, de olho no tempo de televisão e rádio – e prestígio de personalidades partidárias – conseguir apoio de siglas nos municípios. Por isso o jornal O Hoje está publicando uma série de reportagens de alguns dos municípios com maior densidade eleitoral em Goiás. 

Por enquanto, como tem analisado, na coluna Xadrez, o jornalista Wilson Silvestre, ao menos três nomes têm se destacado em Luziânia. Sob o título “Realidade artificial na aliança Cristóvão, Ana Lúcia e Eliel”, Silvestre escreve que poderia ter azedo a aliança entre o deputado estadual e ex-prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin (PRD), a vice-prefeita de Luziânia, [Diretora] Ana Lúcia (PSDB) e o ex-vereador, Eliel Júnior (SD). 

O grupo tinha como foco minar as expectativas da candidatura, à reeleição, do prefeito Diego Sorgatto. A união do trio contra o atual mandatário preocupava por causa de incongruências dentro do próprio grupo. Vice-prefeita da cidade, Ana Lúcia era acusada de “sem noção” por ter aliado-se a Cristóvão embora tenha dito “coisas horríveis contra ele”. 

Ao mesmo tempo, governistas usaram, nas redes sociais, o mote da briga entre os opositores para afiançar que o grupo não tem consistência. Há quem entenda a situação. Eleita vice-prefeita em 2020, Diretora – como é conhecida – Ana Lúcia não consegue perdoar Diego por não ter dado a ela o espaço necessário na gestão. Mesmo que ela tenha dado sua parcela de influência no pleito passado. 

Tudo ocorreu em maio de 2021 quando o prefeito corria o risco de perder o mandato devido a ameaças de perda de diploma feitas pela Justiça Eleitoral. Na ocasião, Ana Lúcia fez uma live, irritada, com críticas, ressentida Ela queria que o prefeito desse atenção à administração do Jardim Ingá, que tem cerca de 100 mil habitantes e, ao que se sabe, à época, enfrentava problemas estruturais por falta de recursos. 

Em resposta às críticas, que já tinham o azedo gosto do rompimento, o prefeito prometeu – e cumpriu – substituir a ex-aliada – inclusive ex-parceira de partido, no caso, na ocasião, o DEM (agora União Brasil após junção com o PSL).

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