Ex-deputado e ‘xodó’ de Bolsonaro deve dar trabalho a prefeito de Posse

Atual prefeito Dr. Helder deve ser cassado em processo aberto na Câmara, o que deve favorecer Paulo Trabalho

Postado em: 19-04-2024 às 09h30
Por: Yago Sales
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Atual prefeito Dr. Helder deve ser cassado em processo aberto na Câmara, o que deve favorecer Paulo Trabalho | Foto: Reprodução

Enquanto em cidades maiores – como Goiânia e Anápolis – não existe grandes expectativa eleitorais com o candidato do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Posse, que fica a 512,4 km da capital, ou seja, 7 horas de carro pela BR-020 ou BR-060, o ex-deputado Paulo Trabalho tem sido destaque nas rodas de conversa. 

Lá, ele vai enfrentar o atual prefeito, Helder Silva Bonfim, o Dr. Helder (União Brasil) que, entre tantas perdas na sua base de apoio ao projeto de reeleição, viu, também, a debandada do seu vice, Osmar Júnior, o Juninho, para as bandas do Paulo Trabalho. 

Um dos bolsonaristas mais afincos em Goiás, Paulo Trabalho, fora da Alego – ele foi candidato a deputado federal no último pleito – tem investido muito tempo no seu projeto na cidade. Formatou, com ajuda de outras lideranças na cidade, cinco chapas, com os seguintes partidos: o próprio PL, PRD, Democracia Cristão, Solidariedade e Republicanos. Ou seja, são 70 pré-candidatos, entre eles, 11 dos 13 vereadores da Câmara Municipal de Posse. 

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O grupo de Paulo Trabalho aposta na rejeita do atual mandatário que, aquém das expectativas de quando foi eleito em 2020, tem sofrido reveses de ex-aliados. “Ele está em quarto lugar na pesquisa”, garante, em entrevista, por telefone, ao jornal O Hoje, o ex-deputado Paulo Trabalho que tem sorrido às paredes. 

Paulo trabalhou conseguiu o apoio de outro Paulo, o ex-prefeito Paulo Roberto. Além, como já foi escrito, do atual vice-prefeito Osmar Júnior, filiado ao PRD – o partido da deputada federal Magda Mofatto que, por óbvio, vai estar no palanque na cidade. 

Outro apoio ‘invejável’ na cidade é a do presidente da Câmara Luiz Carlos de Araújo Valente, conhecido como Lukinha, do Solidariedade. Afinal, está nas mãos dele um processo de impeachment contra o prefeito que o pode, além de tirá-lo do mandato, impedi-lo de concorrer. Os vereadores reclamam da falta de pagamento de emendas impositivas. Atualmente, a base tem apenas um vereador, Vanilto Batista (Podemos). O parlamentar não quis falar com a reportagem em duas tentativas por ligação. O prefeito não foi encontrado. 

Em entrevista ao jornal O Hoje, o vice-prefeito Osmar Júnior confirmou que está com Paulo Trabalho. Ele ainda disse que rompeu política e pessoalmente com o mandatário há dois anos. Sem dar detalhes das motivações, apenas ressaltou que o Dr. Helder “não tem investido em saúde e em infraestrutura”. “Ele não deu atenção devida. Tínhamos projetos que ele não colocou em andamento, como fazer PPP [parceria público privada]. Não fez, pelo menos, o suficiente”, complementa. 

“A gente critica também os processos licitatórios. Tem empresas terceirizadas com contratos e a gente não sabe nem de onde é, com suspeita de serviços não prestados”, aponta Osmar Júnior. 

Outro ex-aliado disse, ainda, ao jornal O Hoje que a primeira-dama, Carolina Chaves, é responsabilizada por parte do fracasso do marido na gestão. “Ela tem uma parcela grande, mas ele também. Tem perseguido as pessoas”, garante.  

“Ninguém confia em um político que rompeu com praticamente todo o seu grupo”, comenta outra fonte que prefere anonimato. “Ele perdeu gente importante do MDB, como o ex-prefeito Gouveia, que foi pro PL”. José Gouveia Araújo foi o escolhido para ser vice de Paulo Trabalho.

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