Dirigente do PL diz que 2° turno unirá partido aos nomes de Caiado 

Para Major Vitor Hugo, não causa estranheza governador lançar nomes aos Paço goianos, mesmo querendo parceria em 2026

Postado em: 07-05-2024 às 08h30
Por: Francisco Costa
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Vale lembrar, o governador Ronaldo Caiado é pré-candidato assumido à presidência, em 2026 | Foto: Marcelo Camargo/ABr

Vice-presidente do PL em Goiás, Major Vitor Hugo não estranha a posição do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) em lançar nomes para prefeituras em cidades que a legenda dele também tem concorrentes. Conforme o ex-deputado federal, no primeiro turno é natural que todos apresentem pré-candidaturas, mas no segundo deve haver convergência. Assim, essa atuação não deve dificultar um alinhamento em 2026, caso isso de fato seja acertado.

“No primeiro turno isso é natural. Todos querem fazer uma construção neste momento para 2026. Mas nas maiores cidades o PL está bem posicionado. Assim, no segundo turno não tenho dúvida que poderemos estar juntos. Não só com o União Brasil, mas com o Republicanos e Novo também”, avalia. 

Vale lembrar, o governador Ronaldo Caiado é pré-candidato assumido à presidência, em 2026. Porém, ele espera contar com o apoio do PL, sobretudo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no páreo. Mas como mencionado, o gestor e a legenda de Vitor Hugo irão antagonizar disputas por Paços em diversos municípios do Estado. 

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Exemplo disso são os quatro maiores PIBs de Goiás. Em Goiânia, o governador lançou Sandro Mabel (União Brasil), enquanto o PL tem o deputado federal Gustavo Gayer. Em Aparecida, Professor Alcides (PL) contra o prefeito Vilmar Mariano (União Brasil).

Há, ainda, Anápolis, onde o suplente de deputado federal Márcio Correio deixou o MDB e migrou para o PL. A escolha do gestor estadual é pela sucessora de Roberto Naves (Republicanos), Eerizânia Freitas (União Brasil).

Em relação a Rio Verde, o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PL), é o representante do ex-presidente. Assim como em Goiânia e em Aparecida, o nome bolsonarista é visto com bastante otimismo. Como principal adversário, ele terá pela frente o apadrinhado do prefeito Paulo do Vale (União Brasil), Wellington Carrijo (MDB), que também deve ter o apoio de Caiado.

Fonte do PL

Mas se Vitor Hugo apaziguar a situação, outra fonte do PL classifica o jogo de Caiado como “dúbio”. De acordo com essa pessoa, o governador se preocupa com a esfera nacional, por querer o apoio de Bolsonaro, mas disputa o cenário local. 

“Talvez tente eleger mais prefeitos para se fortalecer para uma disputa ao Senado, caso não consiga disputar à presidência. Talvez seja pressionado pelo MDB do vice-governador Daniel Vilela”, argumenta. Inclusive, sobre essa segunda situação, a fonte afirma que Caiado não pode ter uma relação ruim com Vilela. “Precisa manter uma boa relação, pois vai renunciar em 2026 para o Senado ou a presidência, e o Daniel vai assumir. Imagine se o Daniel começa a falar mal do governo que pegou?” 

Questionado se haveria chance, no Estado, de uma parceria em 2026, este membro do partido vê muita dificuldade. “Wilder [Morais, senador e presidente estadual do partido] não teria disposição para este acordo. Para ele, disputar o governo em 2026 seria o melhor, pois tem mandato no Senado até 2030. Não teria nada a perder.”

Dito isto, com Daniel e Wilder na corrida pelo Palácio das Esmeraldas, Caiado viveria um novo dilema. “A tendência é o União Brasil caminhar com o MDB, em Goiás. Mas aí perderia o PL, localmente. Caiado tem muito o que pensar, pois não pode arriscar muito, agora, pensando em 2026. Tudo muito incerto, tem muita coisa para acontecer”, finaliza.

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