PT pode perder PSB para concorrente em Goiânia

Partido do vice-presidente Alckmin pode caminhar com Sandro Mabel, nome do governador Ronaldo Caiado

Postado em: 09-05-2024 às 09h30
Por: Francisco Costa
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Sem PSB, o PT conta com as legendas que fazem parte da federação, o PCdoB e o PV | Foto: Reprodução

O Partido dos Trabalhadores (PT), em Goiânia, tende a ficar sem um aliado tradicional nas eleições ao Paço e pior: tê-lo como adversário. Trata-se do PSB, que nacionalmente ocupa a vice-presidência de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com Geraldo Alckmin (PSB), mas que na capital faz parte do grupo do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (União Brasil).

Bruno lidera um grupo formado por PSB, Agir, Avante e PRD. Este colegiado articula – e está avançado – para indicar o vice na chapa do pré-candidato Sandro Mabel (União Brasil), presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e nome do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) na corrida pela prefeitura de Goiânia.

Este grupo, vale destacar, já ventilou alguns nomes. Uma delas é a esposa de Bruno Peixoto, Luciene Peixoto (Avante). Abrindo um parêntese, o deputado tem familiares em diversas frentes e partidos para este pleito: O pai é filiado ao PSDB, a irmã no PSB e o irmão no PRD que está de olho numa vaga de vereador em Goiânia. Mas de volta às indicações do grupo para Mabel, o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (PRD), seria a preferência do colegiado.

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Policarpo, todavia, não tem muito entusiasmo pela vice de Mabel. O presidente da Câmara gostaria, mesmo, é de ser o cabeça de chapa, mas entende que não é o momento. Assim, conforme interlocutores, ele prefere buscar a reeleição – com boa expressão de votos – e costurar seu projeto para deputado federal em 2026 – para só depois sonhar com o Paço. Nessa matemática, o PSB não teria indicados para a vice, apesar de estar no grupo.

Presidente metropolitano do PSB, o ex-deputado estadual Vinícius Cirqueira reforça essa permanência no colegiado. Afirma, contudo, que a situação está indefinida – em relação ao PT ou a participar da indicação da vice do pré-candidato de Ronaldo Caiado. Isto, porque, segundo ele, “envolve algumas questões da direção nacional”.

Aliança

Sem PSB, o PT conta com as legendas que fazem parte da federação, o PCdoB e o PV. Além disso, o Partido dos Trabalhadores também contará com os federados PSOL e Rede, que já declararam apoio a legenda.

Outras legendas até poderiam estar no radar, mas já têm “compromisso”. O PDT, que nacionalmente também está com o PT, deve caminhar com Mabel, uma vez que é alinhado com Caiado. Mesma situação, o MDB é comandado pelo vice-governador Daniel Vilela no Estado.

Há, ainda, o Solidariedade. O partido, todavia, tem como pré-candidato o prefeito Rogério Cruz, que trabalha pela reeleição. O PSD, que manteve conversas com o PT, fechou o nome de seu presidente estadual, o senador Vanderlan Cardoso.

Siglas menores da esquerda como PCO, PSB e PSTU tendem a ter candidatura própria. A UP, entretanto, pode negociar apoio ao PT, que tem a deputada federal Adriana Accorsi como pré-candidata.

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