STF vai decidir se usar pronome neutro é constitucional após pedido da Aliança Nacional LGBTI+

A ONG está reunindo documentos para entrar com ações no Supremo Tribunal Federal contra leis que proíbem uso de linguagem neutra

Postado em: 09-05-2024 às 15h38
Por: Andresa Cardoso dos Santos
Imagem Ilustrando a Notícia: STF vai decidir se usar pronome neutro é constitucional após pedido da Aliança Nacional LGBTI+
STF iluminado com as cores da bandeira LGBTI+ em 2022. Foto: Reprodução/STF

A ONG Aliança Nacional LGBTI+ está reunindo documentos para entrar com ações no Supremo Tribunal Federal contra a proibição do uso de linguagem neutra.

As ações questionam a constitucionalidade de leis municipais e estaduais que proíbem o uso da linguagem neutra – prática da língua que evita especificar gênero e altera pronomes como ele/ela para elu, por exemplo.

Nesse momento, a associação está reunindo documentos de diversas leis para dar entrada com um bloco de ações no Supremo para derrubá-las. Desde 2021, já foram reunidas 30 leis estaduais ou municipais que vêm sendo homologadas. As ações, por enquanto, serão movidas contra leis nos seguintes estados:

Continua após a publicidade

  • Amazonas;
  • Goiás;
  • Minas Gerais;
  • Mato Grosso
  • Pará;
  • Paraná;
  • Rio de Janeiro;
  • Roraima;
  • Rondônia;
  • Rio Grande do Sul;
  • Santa Catarina,
  • São Paulo

A Aliança Nacional LGBTI+ é uma organização sem fins lucrativos que luta pelos direitos das pessoas LGBTI+ no Brasil.

O Advocacy é uma prática política realizada pela organização, no interior das instituições do sistema político, com a finalidade de influenciar a alocação de recursos e a formulação de políticas públicas destinadas à promoção dos direitos das pessoas LGBTI+, e ao enfrentamento da LGBTIfobia.

Relembre caso envolvendo a linguagem neutra em Rondônia

Em 2021, o então governador Marcos José Rocha dos Santos promulgou a Lei Estadual Nº 5123 do Estado do Rondônia que, em síntese, vedava o uso da linguagem neutra.

De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), a lei é embasamento preconceituoso e intolerâncias incompatíveis com a ordem democrática e com valores humanos.

Na época, o relator da ação Edson Fachin, suspendeu a lei. No voto, o ministro afirmou que, ao proibir o uso da linguagem neutra, a lei estadual foi contra as normas fixadas pela União (Ministério da Educação).

Veja Também