Milhões de venezuelanos votam em eleição histórica
Cerca de 21 milhões de venezuelanos passam o domingo (28) indo às urnas para eleger o próximo presidente – em eleição histórica -, que vai governar o país sul-americano entre 2025 e 2031. O atual presidente, Nicolás Maduro, no poder desde 2013, enfrenta nas urnas nove concorrentes. Esta é a primeira eleição, desde 2015, em […]
Cerca de 21 milhões de venezuelanos passam o domingo (28) indo às urnas para eleger o próximo presidente – em eleição histórica -, que vai governar o país sul-americano entre 2025 e 2031. O atual presidente, Nicolás Maduro, no poder desde 2013, enfrenta nas urnas nove concorrentes.
Esta é a primeira eleição, desde 2015, em que toda a oposição aceitou participar do pleito. Desde 2017, os principais partidos de oposição vinham boicotando as eleições nacionais.
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As pesquisas eleitorais da Venezuela divergem sobre o resultado do pleito presidencial. Enquanto algumas enquetes dão a vitória com ampla margem ao principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, outros levantamentos apontam para uma vitória do atual presidente Nicolás Maduro, também com uma margem confortável.
Bloqueio
Ao mesmo tempo, a Venezuela enfrenta um bloqueio financeiro e comercial pelo menos desde 2017, quando potências como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia passaram a não reconhecer a legitimidade do governo Maduro.
O país vizinho também passou por grave crise econômica no período, com hiperinflação e perda de cerca de 75% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), o que resultou na migração de mais de 7 milhões de pessoas.
Desde meados de 2021, o país vem mostrando alguma recuperação econômica. A hiperinflação controlada, e a economia voltou a crescer em 2022 e 2023, porém, os salários continuam baixos e os serviços públicos deteriorados.
Desde 2022, o embargo econômico flexibilizou-se e um acordo entre oposição e governo firmado para as eleições deste ano. Porém, denúncias de prisões de opositores nos últimos dias e recusas a assinar acordo para respeitar o resultado eleitoral por alguns candidatos da oposição, entre eles, o favorito Edmundo González, jogam dúvidas sobre o dia após a votação.
Domingo de eleição histórica
Mais cedo, o presidente Nicolás Maduro que tenta se reeleger votou em Caracas, capital venezuelana.
“Reconheço o árbitro eleitoral. E tudo o que o árbitro eleitoral disser será reconhecido. Não apenas reconhecido, mas defendido”, afirmou aos jornalistas antes de deixar o local de votação.
Por fim, o candidato da oposição, Edmundo González, também compareceu às urnas. Após votar, ele declarou à imprensa que o espírito democrático dos venezuelanos está mais vivo do que nunca.
“Confiamos que as Forças Armadas vão respeitar a decisão do nosso povo”, afirmou.