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segunda-feira, 6 de janeiro de 2025
Repúdio

Defesa de Baldy diz que prisão foi “descabida, desnecessária e exagerada”

Nota divulgada pela assessoria de comunicação do secretário de Transportes de São Paulo diz que a prisão envolve fatos ocorridos em 2013 dos quais Alexandre Baldy sequer participou| Foto: Reprodução

Postado em 6 de agosto de 2020 por Redação
Defesa de Baldy diz que prisão foi "descabida
Nota divulgada pela assessoria de comunicação do secretário de Transportes de São Paulo diz que a prisão envolve fatos ocorridos em 2013 dos quais Alexandre Baldy sequer participou| Foto: Reprodução

Eduardo Marques

A defesa do ex-deputado federal e atual secretário de Transportes de São Paulo, Alexandre Baldy, preso pela Operação Dardanários, um desdobramento da Lava Jato, classificou a ação como “descabida, desnecessária e exagerada”.

Por meio de nota divulgada pela assessoria de comunicação do secretário, a defesa de Baldy ressalta que a prisão envolve fatos ocorridos em 2013, em Goiás, dos quais Alexandre sequer participou.

“Alexandre Baldy tem sua vida pautada pelo trabalho, correção e retidão. Foi desnecessário e exagerado determinar uma prisão por fatos de 2013, ocorridos em Goiás, dos quais Alexandre sequer participou. Alexandre sempre esteve à disposição para esclarecer qualquer questão, jamais havendo sido questionado ou interrogado, com todos os seus bens declarados, inclusive os que são mencionados nesta situação. A medida é descabida e as providências para a sua revogação serão tomadas”, afirma o comunicado na íntegra.

Operação Dardanários 

A força tarefa da Lava Jato prendeu, nesta quinta-feira (6), Alexandre Baldy, secretário estadual de Transportes Metropolitanos de SP, por suspeita de fraudes na Saúde. Baldy foi preso na Operação Dardanários, contra desvios na Saúde no Rio de Janeiro e em São Paulo, envolvendo órgãos federais.

A Polícia Federal afirma que identificou “conluio entre empresários e agentes públicos, que tinham por finalidade contratações dirigidas”.

Até a última atualização desta reportagem, a PF não tinha detalhado como funcionavam as irregularidades, o período em que ocorreram nem qual papel teria Baldy no esquema.

Segundo as investigações, o secretário de João Doria, ex-deputado federal do PP de Goiás e ex-ministro das Cidades no governo do ex-presidente Michel Temer, é apontado por atos suspeitos antes de assumir a pasta.

Baldy, responsável pelo metrô paulistano e pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, foi preso em casa, nos Jardins, e foi levado para a sede da PF na capital paulista.

O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do RJ, expediu seis mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em Petrópolis (RJ), São Paulo, São José do Rio Preto (SP), Goiânia e Brasília.

Os suspeitos responderão pelos crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Segundo a PF, dardanários são “agentes ‘de negócios’, atravessadores que intermediavam as contratações dirigidas”. Os alvos são empresários e agentes públicos suspeitos de fazer contratações irregulares para serviços públicos, especialmente na área da saúde.

A investigação é um desdobramento das operações Fatura Exposta, Calicute e SOS, que tiveram o ex-governador Sérgio Cabral e gestores de seu governo (2007 a 2014) como investigados.

 

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