Faeg e governo articulam melhorias nas rodovias goianas

Preocupação em pontos críticos visa facilitar escoamento da produção agropecuária | Foto: André Costa

Postado em: 13-03-2021 às 09h20
Por: Augusto Sobrinho
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Preocupação em pontos críticos visa facilitar escoamento da produção agropecuária | Foto: André Costa

Samuel Straioto

Melhorar a infraestrutura rodoviária para facilitar o escoamento da produção agropecuária em Goiás é um dos desafios do setor e também do poder público. A diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) apresentou recentemente à Gerência de Manutenção da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) um diagnóstico que lista 62 trechos rodoviários em condições precárias e que necessitam de manutenção imediata para dar condições mínimas de trafegabilidade. 

Dos 62 trechos, um é classificado como péssimo, na GO-174, no trecho entre a BR-364 sentido Lagoa Santa. Outros 25 foram destacados como “muito ruins” e os demais apenas como ruins.  Há trechos destacados em todas as regiões do estado. (Ver tabela abaixo). O coordenador técnico do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Alexandro Alves explicou que é um trabalho realizado todos os anos, pois a malha é grande, sendo 96 mil quilômetros de rodovias e o governo enfrenta dificuldades de enfrentar todas as situações ao mesmo tempo. Ele relatou que os trechos são importantes para fazer o escoamento da produção agropecuária.

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“O governo tem atendido as nossas reivindicações, desses trechos que nós identificamos, já houve a mobilização de equipes da Goinfra em diversas regiões do estado. Nós temos como principal público o produtor rural e a gente percebe que a sociedade está sendo atendida. Temos conseguido o atendimento para regiões que ficaram muito tempo esquecidas, por exemplo na GO-174 em Lagoa Santa”, argumentou Alexandro Alves. Ele completou destacando que as propostas apresentadas são emergenciais, que apresentam situações como erosões, atoleiros e outras complicações que atrapalham a trafegabilidade, em especial nas rodovias não pavimentadas.

Em janeiro deste ano, o governo estadual e o Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás (Fundepec) assinaram um Termo de Cooperação Técnica e Financeira, sob a forma de convênio, para viabilizar projetos de infraestrutura para a construção e reconstrução de rodovias e pontes no Estado. O Fundepec-Goiás investiu R$ 5 milhões para a elaboração dos projetos técnicos. Em janeiro, o vice-governador Lincoln Tejota (Cidadania) assinou contrato com cinco empresas especializadas em engenharia de tráfego que serão responsáveis por projetar a reconstrução de 396 quilômetros de rodovias e a construção de pontes de concreto em Goiás.

No final de 2020, durante o lançamento do programa Goiás em Movimento, o governador Ronaldo Caiado havia destacado que uma de suas prioridades para 2021 será a pavimentação e a recuperação da malha viária no Estado. Para isso, há uma previsão de investimentos na ordem de R$ 1,8 bilhão para melhorar a trafegabilidade das estradas goianas nos próximos dois anos. Tudo depende do equilíbrio fiscal. “Teremos exigências a cumprir, mas sair do bloqueio do Tesouro Nacional e contrair empréstimos abrem um espectro muito grande”, assinalou o governador, em referência ao potencial de investimentos que o governo recupera. “Antes não tinha conservação, não tinha pagamento, vimos a deterioração de uma empresa que sempre foi referência, que chegou a ser escola para engenheiros quando na época do antigo Dergo [Departamento de Estradas de Rodagem de Goiás]”, relembrou Caiado naquela ocasião.

O programa Goiás em Movimento, tem objetivo de manter ações prioritárias e implantar projetos de infraestrutura e obras primordiais. Dois subprogramas já estão em execução: os eixos sinalização e manutenção. No primeiro, o objetivo é implantar e restaurar a sinalização horizontal, vertical e tachas refletivas das rodovias estaduais. Em três meses já foram sinalizados mais de 520 quilômetros e a previsão é que o serviço atenda mais de 7 mil quilômetros de GOs. Já o eixo manutenção trata de ação rotineira, preventiva, reparos e melhorias nas pistas de rolamento, entre outras intervenções. Estão previstos o recapeamento de 800 quilômetros de rodovia e 7 mil metros cúbicos de remendos profundos, além da recuperação de bueiros e a recomposições de erosões e aterros. (Especial Para O Hoje)

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