Bolsonaro volta a contestar sistema de votos e publica vídeo do PSDB de 2015

Apesar disso, os próprios líderes do PSDB já voltaram atrás e declararam que consideram as eleições de 2014 limpas e confiam nas urnas eletrônicas

Postado em: 11-07-2021 às 18h46
Por: Carlos Nathan Sampaio
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Apesar disso, os próprios líderes do PSDB já voltaram atrás e declararam que consideram as eleições de 2014 limpas e confiam nas urnas eletrônicas | Imagem: reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) continua dando “diretas” sobre não confiar nas eleições e, na tarde deste domingo (11/07) postou em suas redes sociais um vídeo de 2015 em que o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) aponta que o processo de auditoria das urnas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é inauditável. Confira:

Naquele ano, o PSDB concluiu, em relatório enviado ao TSE, não ter encontrado fraudes nas eleições de 2014, quando Dilma Rousseff (PT) foi reeleita presidente da República. No entanto, a sigla assinalou que o sistema eleitoral não está projetado para permitir auditoria externa independente e efetiva dos resultados, mostrando-se vulnerável. Para o partido, os procedimentos de perícia previstos pela Justiça Eleitoral são “insuficientes para a garantia da transparência do processo de eleições”.

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Na época, Sampaio era líder do PSDB na Câmara dos Deputados. Ele acrescenta, na fala, que jamais objetivou questionar o resultado das eleições de 2014 e que pretende estar ao lado do TSE para aprimorar o processo eleitoral. “Essa auditoria nas urnas foi muito importante porque ficou muito claro para todos nós que de fato não é possível dizer se o sistema foi ou não fraudado”, afirmou, ao pontuar que o sistema eleitoral era “inauferível, inauditável”.

Apesar disso, recentemente o PSDB utilizou as redes sociais para declarar que “considera as eleições de 2014 limpas e confia nas urnas eletrônicas”. O partido afirmou que Bolsonaro estaria alegando fraude sem evidência e apresentação de provas, uma vez que corre o risco de perder as próximas eleições. A sigla se posicionou em “defesa da democracia”.

A insistência do presidente da República em contestar o sistema de eleição acontece ao mesmo em que se aproximam das eleições de 2022. Bolsonar chegou a dizer que não haverá eleições se não ocorrerem eleições limpas, mas é apenas ele quem dúvida do próprio sistema que o elegeu em 2018.

Além disso, pesquisas recentes mostram que o ex-presidente Lula da Silva (PT) aparece à frente do atual chefe do Executivo nas intenções de voto e pode ganhar já no primeiro turno em 2022.

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