Batizado em homenagem a estudante brasileiro, maior cometa já descoberto viaja em direção à Terra

Apelidado de Bernardinelli-Bernstein, corpo celeste tem 150 km de diâmetro, mas não há risco de colisão com nosso planeta

Postado em: 07-10-2021 às 16h17
Por: Giovana Andrade
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Apelidado de Bernardinelli-Bernstein, corpo celeste tem 150 km de diâmetro, mas não há risco de colisão com nosso planeta. | Foto: Noirlab/NSF/Aura/J. da Silva

Um dos maiores cometas já descobertos, cerca de mil vezes mais maciço do que outros, está viajando em direção à Terra, e deve se aproximar mais nos próximos dez anos. O corpo celeste foi detectado pela primeira vez em 2014, mas só agora, sete anos depois, os cientistas conseguiram identificá-lo.

Batizado de Bernardinelli-Bernstein, o nome presta homenagem aos cientistas que o descobriram, entre eles um brasileiro, Pedro Bernardinelli, o cometa é assim chamado porque foi encontrado pelo estudante de graduação do Departamento de Física e Astronomia da Universidade da Pensilvânia.

À CNN, Bernardinelli afirmou que não há motivo para pânico, porque o cometa deve chegar no ponto mais próximo à Terra só daqui a 10 anos, e não vai colidir com o nosso planeta. Ainda segundo o especialista, o cometa terá sua maior aproximação ao Sol em janeiro de 2031, mas provavelmente será necessário um grande telescópio amador para vê-lo.

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Com sua aproximação, os especialistas poderão saber mais sobre a formação do sistema solar. Segundo Gary Bernstein, astrônomo também envolvido na descoberta, o cometa não visitava o sistema solar há mais de 3 milhões de anos.

— Temos o privilégio de ter descoberto talvez o maior cometa já visto, ou pelo menos maior do que qualquer um bem estudado, e o flagramos cedo o suficiente para que as pessoas o vissem evoluir à medida que se aproxima e aquece — disse à BBC.

O Bernardinelli-Bernstein tem cerca de 150 km de diâmetro, distância entre Rio de Janeiro e Cabo Frio, e chegou a ser confundido com um pequeno planeta conhecido como planeta anão. Normalmente, os cometas observados por astrônomos têm de três a cinco quilômetros de diâmetro, sendo aproximadamente 31 vezes menores do que o corpo celeste recém descoberto.

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