“Coach messiânico” Pablo Marçal ironiza escalada ao Pico do Marins que quase matou 32 pessoas
Durante transmissão ao vivo no YouTube, ele afirmou que “uma pessoa que não corre risco, dificilmente chegará ao topo”
Por: Augusto Sobrinho
Após colocar a vida de 32 pessoas em risco no Pico do Marins, na Serra da Mantiqueira, em São Paulo, na madrugada desta quinta-feira (06/01), o “coach messiânico”, Pablo Marçal, voltou às redes sociais para ironizar o episódio. Ele, que não tem preparo para escalada e nem para resgate, afirmou durante uma transmissão ao vivo no YouTube que “uma pessoa que não corre risco, dificilmente chegará ao topo”.
A expedição do grupo de 67 pessoas era parte de um programa de aconselhamento, que comparava subir no pico, que fica a 2.420 metros acima do nível do mar, como “subir na vida”. Entretanto, foram surpreendidos por uma chuva com forte ventania e, segundo o Corpo de Bombeiros, 32 delas precisaram ser resgatadas, pois corriam o risco de morrer de hipotermia, quando a temperatura do corpo se encontra abaixo dos 35°C.
“Um coach irresponsável fanfarrão coloca 60 pessoas para subir o Pico do Marins debaixo de chuva. Sem conhecimento técnico, sem suporte adequado, sem estrutura, porque, segundo ele, ‘é tudo emocional’. PS: respeito profundamente quem exerce adequadamente a profissão de coach, que definitivamente não é o caso desse indivíduo”, declarou o oficial Pedro Aihara, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.
Durante a transmissão ao vivo no YouTube, Marçal respondeu às críticas com deboche. “Tem um monte de gente que está dizendo que ‘foi muito irresponsável’. Foi mesmo! Foi irresponsável. Eu tomei a decisão por mim e falei para cada um: ‘Todo mundo que não quiser subir pode descer, não é uma prova que você tem que cumprir. Só os irresponsáveis chegam ao topo”, disse.
Para ele, algumas pessoas não suportam quem corre risco e elas dificilmente vão governar ou chegar ao topo da vida. “Na nossa subida ontem na montanha, a gente correu muito risco. Passamos um perrengue, um vendaval, e está todo mundo em paz. Não arranhou nem uma unha. Aí alguém me fala: ‘Mas pra que correr risco?’. Se você não quer correr risco, fique na sua casa assistindo os stories”, concluiu.
