Jovens de até 24 anos veem 7 vezes menos TV aberta do que idosos

Segundo o estudo, jovens costumam passar menos de uma hora em frente à TV, dando preferência aos conteúdos publicados nas redes sociais ou streamings

Postado em: 26-02-2023 às 13h32
Por: Ícaro Gonçalves
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Segundo o estudo, jovens costumam passar menos de uma hora em frente à TV, dando preferência aos conteúdos publicados nas redes sociais ou streamings | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A TV aberta tem perdido cada vez mais espaço para o Youtube e as redes de streaming, especialmente entre os jovens de até 24 anos. Foi o que mostrou um estudo feito por uma agência reguladora britânica ao mostrar que os jovens adultos assistem 7 vezes menos TV do que idosos.

De acordo com o brasileiro Lucas Moreira de Queiros, essa é uma tendência mundial. “Hoje em dia eu praticamente não assisto mais televisão aberta. Sempre que eu pego o controle remoto é pra colocar em algum canal de streaming e aí acabo vendo algum filme ou maratonando alguma série”, disse Lucas à Agência Brasil.

Gabriela Borges, coordenadora do Observatório da Qualidade no Audiovisual e professora da Universidade do Algarve, confirma essa tendência.

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“Os dados apontados pela pesquisa dos Estados Unidos não me surpreendem, porque na verdade mostram uma certa tendência mundial no crescimento do consumo, principalmente de imagens ou de vídeos – de produção audiovisual de um modo geral”.

Segundo o estudo, jovens costumam passar menos de uma hora em frente à TV, dando preferência aos conteúdos publicados no Youtube, Tik Tok, ou streamings como Netflix, Amazon Prime, entre outros.

“Eu acho que esse dado também é importante, porque os jovens já não assistem a televisão, mas eles migram e eles assistem conteúdo audiovisual nas plataformas de streaming ou conteúdos on demand e em vídeos de redes sociais.”

Gabriela Borges cita ainda levantamento da empresa Comscore mostrando que 96% dos brasileiros consomem conteúdos jornalísticos em dispositivos móveis. Por isso, ela defende políticas públicas que promovam a educação midiática.

“[Os dados] também evidenciam a necessidade do Brasil começar a pensar em políticas públicas, que promovam, de certo modo, a educação midiática, porque diferentemente do que é exibido na televisão, que tem um crivo jornalístico – principalmente se a gente pensa na questão das notícias – nas redes sociais a produção de informação é feita de forma desordenada, isto é: qualquer um pode produzir conteúdos. Mas mais alarmante do que qualquer um produzir conteúdos é o fato de que existem cada vez mais canais de desinformação”.

Na opinião de Gabriela Borges, a tendência é para um consumo cada vez maior das redes sociais nos próximos anos.

Com informações da Agência Brasil

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