Jovens de até 24 anos veem 7 vezes menos TV aberta do que idosos
Segundo o estudo, jovens costumam passar menos de uma hora em frente à TV, dando preferência aos conteúdos publicados nas redes sociais ou streamings
Por: Ícaro Gonçalves
A TV aberta tem perdido cada vez mais espaço para o Youtube e as redes de streaming, especialmente entre os jovens de até 24 anos. Foi o que mostrou um estudo feito por uma agência reguladora britânica ao mostrar que os jovens adultos assistem 7 vezes menos TV do que idosos.
De acordo com o brasileiro Lucas Moreira de Queiros, essa é uma tendência mundial. “Hoje em dia eu praticamente não assisto mais televisão aberta. Sempre que eu pego o controle remoto é pra colocar em algum canal de streaming e aí acabo vendo algum filme ou maratonando alguma série”, disse Lucas à Agência Brasil.
Gabriela Borges, coordenadora do Observatório da Qualidade no Audiovisual e professora da Universidade do Algarve, confirma essa tendência.
“Os dados apontados pela pesquisa dos Estados Unidos não me surpreendem, porque na verdade mostram uma certa tendência mundial no crescimento do consumo, principalmente de imagens ou de vídeos – de produção audiovisual de um modo geral”.
Segundo o estudo, jovens costumam passar menos de uma hora em frente à TV, dando preferência aos conteúdos publicados no Youtube, Tik Tok, ou streamings como Netflix, Amazon Prime, entre outros.
“Eu acho que esse dado também é importante, porque os jovens já não assistem a televisão, mas eles migram e eles assistem conteúdo audiovisual nas plataformas de streaming ou conteúdos on demand e em vídeos de redes sociais.”
Gabriela Borges cita ainda levantamento da empresa Comscore mostrando que 96% dos brasileiros consomem conteúdos jornalísticos em dispositivos móveis. Por isso, ela defende políticas públicas que promovam a educação midiática.
“[Os dados] também evidenciam a necessidade do Brasil começar a pensar em políticas públicas, que promovam, de certo modo, a educação midiática, porque diferentemente do que é exibido na televisão, que tem um crivo jornalístico – principalmente se a gente pensa na questão das notícias – nas redes sociais a produção de informação é feita de forma desordenada, isto é: qualquer um pode produzir conteúdos. Mas mais alarmante do que qualquer um produzir conteúdos é o fato de que existem cada vez mais canais de desinformação”.
Na opinião de Gabriela Borges, a tendência é para um consumo cada vez maior das redes sociais nos próximos anos.
Com informações da Agência Brasil
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