O que mudou na Igreja Católica durante os 10 anos do papa Francisco?

Papa Francisco tem sido reconhecido por levar diversas mudanças à Igreja Católica durante seu pontificado

Postado em: 13-03-2023 às 16h29
Por: Cecília Epifânio
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O que mudou na Igreja Católica durante os 10 anos do papa Francisco? Foto: Vatican News

No dia 13 de março de 2013 o argentino Jorge Mario Bergoglio, ou papa Francisco, assumia o posto mais alto da Igreja Católica. Hoje, 13 de março de 2023, é comemorado os 10 anos do  266º chefe de Estado do Vaticano, e o primeiro oriundo da América Latina.

Papa Francisco tem sido reconhecido por levar diversas mudanças à Igreja Católica durante seu pontificado. Confira, abaixo, cinco novidade um tanto quanto polêmicas do papa argentino.

Diversas mulheres trabalhando no Vaticano

Atualmente existem cerca de 1.165 mulheres empregadas pelo Vaticano. É o número mais alto de funcionárias que já foi registrado, e muitas delas estão em cagos de liderança.

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Em 2013 quan do papa Francisco assumiu, o número de funcionárias era de 846. Ou seja, de todos o9s funcionários, a porcentagem de mulheres saltou de 19,2% para 23,4%. O número diz respeito a duas unidades administrativas, Santa Sé e a Cidade do Vaticano.

A entrada de mulheres em cargos altos da Igreja

Em março de 2022, o papa soltou a nova Constituição da Cúria Romana, chamada “Praedicate Evangelium”, que autoriza qualquer leigo batizado, inclusive mulheres, a chefiar escritórios do Vaticano.

A constituição levou nove anos parfa ser publicada, e substituiu a “Pastor Bonus”, promulgada por João Paulo II em 1988. Segundo a nova Cúria “o papa, os bispos e outros ministros ordenados não são os únicos evangelizados na Igreja”, e leigos e leigas “devem ter funções de governo e responsabilidade”.

Ainda no texto, Francisco institui que as escolhas para os cargos devem se basear na competência profissional, experiência pastoral, vida espiritual, senso de comunidade e no amor aos pobres, além da “capacidade de reconhecer os sinais dos tempos”.

Fortalecimento e acolhimento à comunidade LGBTQIAP+

Desde o início de seu papado, Francisco reitera o que deve sere caráter misericordioso da Igreja Católica. Em 2019, durante a Missa do Galo, ele disse na Homilia: “Deus não ama você porque pensa certo e se comporta bem. Ele te ama, e isso basta!” 

Em 2018 ele chamou a atenção quando se dirigiu ao fiel do Chile e disse: “Juan Carlos, que você é gay não importa. Deus te fez assim e te ama assim,. e eu não me importo. O papa te ama assim. Você precisa estar feliz com quem é”, afirmou.

Já no início deste ano, papa Francisco foi ainda mais enfático. Ele veio a público para criticar e categorizar como “injustas” as leis de alguns países que criminalizam a homossexualidade. Em seu argumento, ele disse que Deus ama todos os seus filhos assim como eles são. Francisco também solicitou que os bispos católicos se posicionem contra essas leis e que acolham a comunidade LGBTQIAP+ na Igreja.

Esforços para expor escândalos do passado da Igreja

Diferente de seus atecessores, Francisco tem mostrado uma postura firme em relação aos crimes da Igrfeja Católica, como os casos de escândalos sexuais. Quando foi divulgado um relatório, em 2021, revelando que, desde 1950, mais de 216 mil crianças e adolescentes foram vítimas de abusos pela Igreja na França, o papa se manifestou duramente.

Ele se posicionou dizendo: “desejo expressar às vítimas a minha tristeza e minha dor pelos traumas sofridos, e também minha vergonha, nossa vergonha, pela incapacidade da Igreja, durante muito tempo, para colocá-las no centro de suas preocupações. É o momento da vergonha”. 

Francisco também ordenou que os líderes católicos mantenham esforços para que nunca mais casos desse tipo se repitam, e cobrou das autoridades francesas que os casos tenham punições.

Criação de laços com líderes indígenas e defesa do meio ambiente

Em suas pautas, o papa Francisco colocou a defesa da natureza e preservação do tgeritório e da população indígena. Por conta disso, em 2019, o Sínodo das Amazônia foi ralizado e reconhecido como uma resposta do papa à realidade Pan-Amazônica (da qual fazem parte Colômbia, Peru, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana Inglesa, Guiana Francesa, Suriname, além do Brasil).

Em maio do mesmo ano, Francisco encontrou com o líder indígena brasileiro Raoni Matuktire, um dos nomes mais atuantes em defesa pela Amazônia. O líder caiapó foi para a Europa acompanhado de outro três líderes indígenas do Xingu, e foi recebido pelo papa.

Muito antes diksso, em 2015, o papa havia publicado a encíclica “Laudato Si” (Louvado Seja), no qual convocava os católicos a tomarem ações para frear a ewxploração do meio ambiente. Foi a primeira vez em que o Vaticano se manifestou em relação à preservação ambiental.

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