Quem diria: o cantor e compositor Paulo Pires fala sobre a carreira no Papo Xadrez

No primeiro episódio do mês de abril, na última segunda-feira (3), os apresentadores do Papo Xadrez, Felipe Cardoso e Ananda Leonel, estiveram de frente com o cantor e compositor Paulo Pires. Entre bate-papo e muita música, o cantor falou sobre o início da carreira e o processo de composição das canções. 

Criança inquieta, Paulo conta aos apresentadores: “sempre gostei de cantar. Tentei ir para os estudos, mas eu era muito agoniado, não me adaptei muito. O recurso foi a música mesmo”. Ele recorda que tem uma fita na qual canta, aos três anos de idade, músicas da dupla sertaneja João Mineiro & Marciano. 

Já dentro da igreja, o compositor comenta que elaborava letras de canções e cantava em congressos: “a gente cantava só as nossas músicas, as que eu compunha, e gravava”. Porém, “o sertanejo era forte”, diz o cantor, que enxergou no gênero musical a sua vocação. 

O cantor lembra que nem sempre foi fácil seguir a carreira musical, uma vez que ele era desacreditado, mas que recebia o apoio da mãe. Enérgico, Pires diz que a composição de canções faz parte da trajetória na música desde o início. 

Para Paulo, compor músicas é “sobre o que as pessoas vivem, o comum, não é tentar complicar. Você pode ver que os maiores hits são simples”. O compositor argumenta que a música, hoje em dia, tornou-se um “jingle”, ou seja, “compacta” e “mais comercial”.

“É difícil, no mercado do sertanejo, digerir isso, mas mudou muita coisa. Hoje, você tem que fazer os lançamentos pensando nas plataformas: tem que ter uma [música] que trabalhe na rádio, no instagram”, explica. Na visão do compositor, com a evolução das redes, é preciso pensar no tipo de canção adequada para cada segmento. 

Das paradas das rádios e os CDs até a era das plataformas digitais, Paulo diz, no entanto, que ainda há espaço para os dois: “a música para rodar no rádio nunca vai deixar de existir”. Por isso, todas as mídias são como “prateleiras” de exposição das canções, “a grande sacada é ter o produto que vai rodar em todo lugar”.

Multifacetado – do piseiro ao funk, da romântica ao sertanejo –, Paulo baseia a identidade artística na variação de repertório e estilos musicais. Para ele, não há tempo ruim: “dentro do meu catálogo, eu tenho uma música que andou no funk, no sertanejo, no piseiro. O Cristiano [Araújo] fazia muito isso”. 

Como compositor, Pires ainda recorda o primeiro êxito que, na voz de Gusttavo Lima, conquistou o fã de sertanejo: ‘Homem de Família’ (2016). E quem viu, se visse hoje, não acreditaria: “com aquela música, ele arregaçou!”, comemora.

Ao Papo, ele explica o contexto desse sucesso: “na época, minha mulher estava grávida; a Helena, para nascer e eu estava em um aperto”. A canção veio juntamente com o nascimento da filha e “abriu as portas” para o compositor. “Toda a história da música se identificava muito comigo”, revela.

De maneira descontraída, Paulo dividiu com o Papo momentos da carreira e deu detalhes sobre o processo criativo de composição das músicas. Você pode conferir trechos do episódio no instagram, @xadrezpapo, ouvir esta e outras edições no Spotify ou assistir ao episódio completo no canal do Youtube, ‘Papo Xadrez’.  

Nos últimos episódios

O cantor Paulo Pires está na 58ª transmissão ao vivo do podcast ‘Papo Xadrez’. Ele se juntou aos outros 67 convidados que estiveram nos estúdios do jornal ‘O Hoje’, de frente com os apresentadores Ananda Leonel e Felipe Cardoso. Dos encontros dedicados ao mundo da música e seus bastidores aos episódios sobre a indústria da moda: nenhuma pauta fica de fora do ‘Papo Xadrez’.