Quênia soma 89 mortos em culto de jejum para conhecer Jesus
Seguidores de culto queniano acreditavam que iriam para o céu se passassem fome, até o momento, 89 pessoas morreram.
Por: Julia Kuramoto
Seguidores de culto queniano acreditavam que iriam para o céu se passassem fome, até o momento, 89 pessoas morreram. A informação veio do ministro do Interior do Quênia, Kithure Kindiki, nesta terça-feira (25).
O número de vítimas vem subindo rapidamente nos últimos dias, consoante as exumações de valas comuns feitas pelas autoridades, encontradas em uma área de cerca de 324 hectares da floresta Shakahola, no leste do Quênia. Na floresta, estava baseada a autoproclamada Igreja Internacional da Boa Nova.
“Fui informado pelos responsáveis que, até agora, além do número que foi dado ontem [24] em 73, conseguimos descobrir até esta hora outros 16 corpos, elevando o total para 89”, disse Kindiki a repórteres.
Os falecidos faziam parte da Igreja, cujo fundador incentivou os seguidores a realizarem um jejum total, “para conhecer Jesus”, segundo investigações.
Desse modo, o ministro também acrescenta que mais três pessoas foram resgatadas vivas, com um número total de sobreviventes encontrados para 34, até agora.
“Agradecemos a Deus por salvar a vida daqueles entes queridos e oramos para que Deus os ajude a passar pelo trauma, para ajudá-los a se recuperar e contar a história de como uma vez um compatriota queniano, um compatriota humano, decidiu ferir tanto muitas pessoas, sem coração, se escondendo sob as Sagradas Escrituras”, afirmou Kindiki.
Entretanto, o número de falecidos pode aumentar ainda mais. A Cruz Vermelha do Quênia disse que mais de 200 pessoas foram reportadas como desaparecidas. Além disso, alguns fiéis estão escondidos, para seguir jejuando.
O líder do culto, Makenzie Nthenge, está preso desde 14 de abril. Além deste caso, Makenzie já havia sido detido e indiciado no mês passado, após duas crianças da seita morrerem de fome. A mídia queniana informou que o líder está recusando comida e águia.
A polícia disse, na segunda-feira, que outros 14 membros do culto também estavam sob custódia.
