50% dos alunos que ameaçam violência nas escolas faziam tratamentos psiquiátricos, aponta estudo

A pesquisa levantou diversos diagnósticos psiquiátricos, onde encontrou histórico de abuso ou trauma sofridos por eles

Postado em: 20-06-2023 às 12h26
Por: Mariana Fernandes
Imagem Ilustrando a Notícia: 50% dos alunos que ameaçam violência nas escolas faziam tratamentos psiquiátricos, aponta estudo
A pesquisa levantou diversos diagnósticos psiquiátricos, onde encontrou histórico de abuso ou trauma sofridos por eles | Foto: Reprodução

Após sequências de ataques a escolas no mundo todo, um grupo de pesquisadores especializados em psiquiatria infantil conduziu um estudo para entender mais sobre a saúde mental dos suspeitos. A pesquisa levantou diversos diagnósticos psiquiátricos, onde encontrou histórico de abuso ou trauma sofridos por eles.

Para levantamento, foram feitas avaliações de ameça psiquiátrica de 157 jovens na escola, com idade média de 13 anos, entre 1998 e 2019 abrangendo 19 distritos escolares no estado americano de Nova York. O estudo teve alunos de diversas classes e tipos. Dos estudados, 88,5% eram meninos e 79,7% brancos. 

Autora do estudo e professora clínica do Departamento de Psiquiatria na Stony Brook University, Deborah Wrisbrot explica que as avaliações de jovem que fazem ameaças precisam ir além da simples avaliação da ameaça em si e devem incluir a identificação de “problemas psiquiátricos subjacentes”. 

Continua após a publicidade

Para o estudo, uma “ameaça” era a expressão da intenção de prejudicar ou agir violentamente contra alguém, ou alguma coisa. Dos estudantes, 80% fizeram ameças verbais e 29,3% trouxeram uma arma para a escola. 

Segundo pesquisa, a maioria dos estudantes tinha quadros de diagnósticos psiquiátricos, como défict de atenção / hiperatividade, dificuldade de aprendizado, depressão, ansiedade ou transtornos de espectro do autismo – geralmente em combinações. Histórico prévio de tratamento com medicamentos foi relatado em 50,3% e intervenções psicoterapêuticas em 36,3% – além disso, foi recomendado a 79,9% que procurassem psicoterapias; 88,5% medicação e 70,1% ambos. 

No aspecto social, história de bullying apareceram em 43,4% dos caos, traumas familiares em 52,2%, abuso físico em 5,1%, abuso sexual em 5,7% e abuso verbal em 36,3%. 

Segundo pesquisadores, “a avaliação psiquiátrica de alunos que emitem ameaças de qualquer tipo pode levar a relações sobre diagnósticos a psiquiátricos e tratamento crucial e recomendações educacionais”. Mais do que conter riscos, é uma forma de tornar intervenções mais eficazes e melhorar o bem-estar emocional de alunos. 

Leia também: Gleisi Hoffmann elogia posicionamento de Ronaldo Caiado: “Tem posições e nunca vi abandoná-las”

Veja Também