O bem-estar das abelhas melíferas e a reavaliação das práticas apícolas

Pesquisas questionam o agrupamento das abelhas e destacam a importância de uma abordagem cuidadosa na manipulação dos insetos.

Postado em: 27-11-2023 às 18h48
Por: Luana Avelar
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Foto: Freepik

Abelhas melíferas, desempenhando um papel essencial na polinização e agricultura, têm seu bem-estar em destaque recentemente, com pesquisas questionando práticas apícolas de longa data.

A crença tradicional no agrupamento das abelhas, fundamental para projetos de colmeias, é posta em xeque, sugerindo que intervenções humanas podem causar mais danos do que benefícios.Historicamente, colmeias comerciais adotaram paredes mais finas em comparação com cavidades naturais de árvores, impactando significativamente as propriedades térmicas.

Estudos recentes revelam que o manto, antes considerado isolante, atua como dissipador de calor durante temperaturas baixas. A compressão do manto e a falta de compreensão do espaço de ar entre a colmeia e o aglomerado de abelhas adicionam complexidade ao desafio de garantir o bem-estar desses insetos.

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Práticas tradicionais, como o armazenamento em câmaras frias, historicamente empregadas por apicultores, são agora questionadas à luz dessas descobertas. A pesquisa destaca a importância de considerar a colmeia como um fenótipo estendido da abelha, influenciando diretamente o comportamento e a saúde do enxame.

Além disso, as conclusões indicam a necessidade de uma abordagem mais cuidadosa na manipulação das abelhas, reconhecendo que, embora padrões éticos para insetos sejam escassos, há crescentes evidências de sua capacidade de sentir dor.

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