Sindicato Argentino convoca greve geral em repúdio às medidas do governo ultraliberal de Javier Milei

Presidente busca eliminar regras trabalhistas e privatizar estatais, enfrentando resistência e protestos populares

Postado em: 01-01-2024 às 16h02
Por: Luana Avelar
Imagem Ilustrando a Notícia: Sindicato Argentino convoca greve geral em repúdio às medidas do governo ultraliberal de Javier Milei
Greve geral promete ser ponto de inflexão nas negociações entre governo e sindicatos, refletindo tensões crescentes. | Foto: Reuters

Em uma demonstração marcante de descontentamento, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), o principal sindicato argentino, convocou uma greve geral para o dia 24 de janeiro em resposta a uma série de medidas promovidas pelo governo do presidente ultraliberal Javier Milei.

O plano de luta da CGT, divulgado em comunicado, abrange uma gama de ações, incluindo uma manifestação no Congresso Nacional argentino. As medidas em questão, anunciadas pelo presidente Milei, incluem a eliminação de regras trabalhistas, a privatização de empresas estatais e alterações no Código Civil e Comercial.

A resistência sindical também se manifestará por meio de ações judiciais contra um decreto recente e um projeto de lei apresentado no Congresso. Este último propõe a declaração da emergência econômica e a delegação de parte dos poderes legislativos ao Executivo até o final de 2025, com a possibilidade de prorrogação por mais dois anos.

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O presidente Milei, conhecido por suas ideias libertárias, argumenta que tais medidas visam reduzir o papel do Estado e eliminar o déficit fiscal, buscando impulsionar o crescimento econômico. No entanto, desde o anúncio dessas propostas, milhares de pessoas têm protestado nas ruas contra as mudanças propostas.

A CGT planeja intensificar sua resistência, buscando reuniões com blocos de deputados e senadores, além de colaborações com outras confederações trabalhistas para articular medidas adicionais. A greve geral agendada para 24 de janeiro promete ser um ponto de inflexão nas negociações entre o governo e os sindicatos argentinos, destacando as tensões crescentes entre as políticas ultraliberais e as preocupações trabalhistas.

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