Mãe entra na justiça para obrigar filho a fazer tratamento médico

José tem 22 anos e uma doença grave impede o funcionamento dos seus rins

Postado em: 16-02-2017 às 14h00
Por: Toni Nascimento
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José tem 22 anos e uma doença grave impede o funcionamento dos seus rins

Da Redação

A
professora Edina Maria Alves Borges, de 55 anos, iniciou uma batalha judicial
contra o próprio filho, José Humberto Pires de Campos Filho, de 22 anos, para
forçá-lo a submeter-se a sessões de hemodiálise. Os dois são de Trindade e a
história começou quando o garoto decidiu não fazer o tratamento para uma doença
que impede o funcionamento dos seus rins.

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Segundo
matéria veiculada nesta quinta-feira (16) pelo jornal Estadão, Humberto foi
diagnosticado com a doença quando tinha apenas 15 anos, quando ainda morava com
o pai nos Estados Unidos, onde conseguiu concluir o ensino médio e pretendia fazer
um curso superior.

Edina
contou ao Estadão que “ele fazia esportes, nadava muito bem, mas trabalhava em
um restaurante para ter direito à residência permanente. No dia 23 de julho,
viu que os pés estavam inchados e achou que era do trabalho. Dias depois estava
internado. Em setembro, fizeram a biópsia e diagnosticaram a doença renal, só
resolvida com transplante”.

A
mãe declara que a resistência ao tratamento começou logo ai. “Ele tinha plano
de saúde, mas se negava a ir para o hospital. Também recusou a lista de
transplante” contou. “É egoísmo uma mãe querer que o filho não desista de
viver? Acho que não” completou.


em dezembro o garoto decidiu fazer as seções de hemodiálise. Hoje Humberto mora
com a mãe, que largou a carreira para cuidar do filho. Como um jovem que nem
completou a formação universitária, não seguiu uma carreira profissional, nem
teve um relacionamento amoroso mais duradouro pode decidir em que momento pode
parar a vida?”afirma Edina.

Uma
perícia feita pela Junta Médica do Tribunal de Justiça de Goiás atestou que ele
tem “total capacidade de entendimento”, mas “imaturidade afetiva e emocional”,
o que tornaria parcial sua capacidade de tomar decisões. Por isso,
determinou-se a hemodiálise. 

(Foto: Estadão)

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