Defesa de adolescente deve ser entregue hoje

Em depoimento na última sexta-feira (27) os pais do adolescente disseram ao Juizado da Infância de Juventude de Goiânia que o garoto nunca apresentou problemas de comportamento

Postado em: 30-10-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Em depoimento na última sexta-feira (27) os pais do adolescente disseram ao Juizado da Infância de Juventude de Goiânia que o garoto nunca apresentou problemas de comportamento

ruto de uma sugestão do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), o jovem responsável pelo homicídio de dois colegas de turma e por ferir outros quatro a tiros no Colégio Goyases, em Goiânia, deve passar por uma avaliação psicologica nos próximos dias. No entanto, de acordo com a defensora do adolescente, Rosângela Magalhães, não há uma data prevista para que a medida seja tomada. A defesa escrita deverá ser apresentada hoje (30), em uma audiência que pretende ouvir ainda testemunhas do crime. 

Em depoimento na última sexta-feira (27) os pais do adolescente disseram ao Juizado da Infância de Juventude de Goiânia que o garoto nunca apresentou problemas de comportamento. Em uma estratégia de resguardo, Rosângela Magalhães disse que o objetivo da avaliação é descobrir se o mesmo seria ou não portador de algum tipo de perturbação ou desvio de conduta que tenha originado o atentado.

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A família do rapaz, que segue abalada segundo a defensoria, contou com a ajuda da defesa ao reforçar a ideia de que o suspeito tivesse um comportamento completamente normal, sempre vivenciando um ambiente de relações harmônicas em casa e “jamais tendo provocado preocupações”. O pai do garoto, em depoimento, afirmou que jamais havia imaginado que o filho pudesse ser vítima de bullying. Ele, que é policial militar, disse ainda que “tudo não passou de um mal entendido e de uma fatalidade”.

Uma outra tática da defesa foi tentar evitar a internação do adolescente em uma casa de detenção, medida que seria aplicada até que o mesmo completasse 18 anos. Utilizando-se do Estatudo da Criança e do Adolescente (ECA), foi usada a argumentação de que o suspeito nunca teve qualquer violação à lei. 

Após ser alvo de piadas em sala de aula, o adolescente sacou uma pistola .40, de uso restrito das forças armadas, e disparou contra colegas durante o intervalo da quinta para a sexta aula. O crime aconteceu no Colégio Goyases, localizado no Conjunto Riviera, em Goiânia. Na ocasião, Pedro Calembo e João Victor Gomes morreram na hora. Outros quatro adolescentes ficaram feridos, uma delas chegando a perder o movimento das pernas após ter uma bala alojada na coluna. (Guilherme Araujo, é estagiário do Jornal O Hoje) 

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