Municípios devem gerir pontos de ônibus

Proposta foi feita pelo presidente da CMTC e aprovada na última segunda-feira (22) em reunião da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo

Postado em: 24-01-2018 às 08h15
Por: Sheyla Sousa
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Proposta foi feita pelo presidente da CMTC e aprovada na última segunda-feira (22) em reunião da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo

Gabriel Araújo*

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Em reunião realizada no Paço Municipal na última segunda-feira (22), foi definida a transferência da gestão dos pontos de ônibus da Capital e Região Metropolitana para os municípios. A administração, antes da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), passa agora a ser de responsabilidade dos municípios onde os pontos estão localizados. Essa foi uma das três propostas aprovadas na reunião, que também autorizou um estudo que busca privatizar a administração dos terminais da região.

Durante a coletiva de imprensa realizada após a reunião, que também definiu o novo valor das passagens cobradas pelo transporte coletivo, o presidente da CMTC, Fernando Meirelles, disse que os 19 municípios que integram a rede de transporte coletivo da Região Metropolitana não contribuem com a estrutura desses locais. “Nada mais justo que cada município ter a manutenção, a conservação e a construção de seus abrigos”, completou.

Novo valor

A Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) definiu na última segunda-feira (22) o novo valor da passagem cobrada pelas empresas do transporte coletivo da capital e região metropolitana, que passa a ser vendida por R$ 4. A expectativa inicial era de um aumento de 35 centavos, com o valor do bilhete passando de R$3,70 para R$ 4,05. O novo valor passa a valer a partir desta quarta-feira (24).

O último aumento havia ocorrido em fevereiro de 2016, quando o valor da passagem passou de R$ 3,30 para R$ 3,70. No ano passado, o Governo do Estado assumiu parte do pagamento dos benefícios com o objetivo de evitar o reajuste no valor por um ano.

Questionado sobre a qualidade do transporte, Fernando Meirelles, presidente da CMTC, afirmou que ações estão sendo feitas e novas linhas e ônibus entrarão em funcionamento já no primeiro semestre deste ano. Mesmo sem definir uma data, ele concluiu afirmando que haverá uma substituição de veículos.

Protestos

Após o reajuste da passagem do transporte coletivo, o Movimento Contra Catraca (MCC) prevê ações de protesto contra o aumento. A primeira mobilização do grupo vai ser uma panfletagem no Terminal da Praça da Bíblia, nesta quarta-feira, dia em que o novo valor vai entrar em vigor.

Segundo um integrante do grupo, a panfletagem busca conscientizar a população e mobilizar as pessoas para próximas ações realizadas pelo grupo. Ainda foi apurado que a partir de segunda-feira (29), haverá deliberações acerca dos novos passos a serem tomados e que, possivelmente, a partir desta data novos protestos serão organizados e divulgados.

Na última sexta-feira (19), o grupo se reuniu e realizou um protesto na Praça da Bíblia. O protesto que, segundo o movimento, contou com cerca de 300 pessoas, estava marcado para a mesma data da reunião com os onze integrantes da CDTC, para discutir o aumento da passagem para o valor inicialmente previsto para R$ 4,05, pela Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC). 

Ação contra presidente da CMTC

Ainda na última segunda-feira (22) o Ministério Público do Estado De Goiás (MPGO) entrou com uma ação de improbidade administrativa contra o presidente da CMTC, Fernando Meirelles, por ter se omitido em seus deveres funcionais. No período de seu mandato, com pouco mais de um ano, deveriam ter sido exigidas das empresas a devida execução dos contratos de concessão. (Gabriel Araújo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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