Professor que foi acusado de assédio sexual é demitido pela UFG

Em depoimento a universitária contou à Polícia Civil que o assédio ocorreu em dezembro de 2016, mas que ela só teve coragem de denunciar o fato quatro meses depois

Postado em: 12-07-2018 às 15h10
Por: Katrine Fernandes
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Em depoimento a universitária contou à Polícia Civil que o assédio ocorreu em dezembro de 2016, mas que ela só teve coragem de denunciar o fato quatro meses depois

Katrine Fernandes

O professor Rogério Elias Rabelo foi demitido pela Universidade
Federal de Goiás (UFG) nesta quarta-feira (12) sob acusação de assédio sexual.
A denúncia foi feita por uma aluna que relatou que o caso aconteceu em um
apartamento de Goiânia, onde eles estavam hospedados para participar de um
congresso. Rogério dava aula na área de Ciências Agrárias do Campus de Jataí. A
defesa do servidor alega inocência.

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Em depoimento a universitária contou à Polícia Civil que o
assédio ocorreu em dezembro de 2016, mas que ela só teve coragem de denunciar o
fato quatro meses depois. De acordo com o relato da aluna, eles foram para um
bar. Ela acordou deitada em um colchão no chão e viu o professor nu, sobre ela.
Em agosto do ano passado, o Ministério Público Federal denunciou o servidor
federal pelo crime.

Em janeiro deste ano, a universidade chegou a afastar
preventivamente o docente. Porém, nesta quarta-feira, a demissão foi publicada
no Diário Oficial da União.

A portaria destaca que o docente foi demitido por infringir
os seguintes termos da Lei nº 8112/90 (que versa sobre regime jurídico de servidores
públicos da União):

  • Artigo 117, inciso IX da Lei nº 8112/90: valer-se do cargo
    para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função
    pública
  • Artigo 132, inciso IV (improbidade administrativa), inciso V
    (incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição) e inciso XIII
    (Transgressão do inciso IX do artigo 117 [já citado acima]).

O advogado de defesa, Dielson Guedes, disse que vai recorrer
dessa decisão. “Não existe prova nenhuma e nós vamos demonstrar isso perante a própria
universidade. Temos 10 dias para isso. E, posteriormente, vamos entrar com ação
de nulidade para provar a inocência do professor”, disse.

 

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