Adolescente desaparece após ser visto pela última vez em colégio

PM acompanha o caso e alega que, segundo colegas do aluno, ele sequer chegou a entrar na escola no dia da ocorrência

Postado em: 05-12-2018 às 14h40
Por: Katrine Fernandes
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PM acompanha o caso e alega que, segundo colegas do aluno, ele sequer chegou a entrar na escola no dia da ocorrência

A auxiliar de serviços gerais Irani Sousa Rodrigues, de 38 anos, relata que seu filho Lucas Rodrigues Neves, de 15 anos,  está desaparecido desde o dia 27 de novembro. Ainda segundo a mãe do adolescente, ele teria sumido durante o recreio no Colégio Estadual da Polícia Militar Waldemar Mundim, na Vila Itatiaia, em Goiânia, onde estuda.

De acordo com Irani, o filho foi diagnosticado com hiperatividade e toma remédios controlados. Ela conta que havia acabado de chegar em casa após sair do trabalho quando recebeu a notícia do sumiço. Ela conta que o filho foi deixado na colégio pelo irmão mais velho, porém de acordo com a PM, naquele dia, segundo colegas, o garoto sequer chegou a entrar na escola. 

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“O irmão mais velho deixou ele no colégio. Quando cheguei em casa, a professora ligou e disse que o Lucas tinha desaparecido da sala. Ela disse que ele assistiu a aula toda e na hora do recreio saiu, ficou lá brincando e quando ela procurou ele na sala, não encontrou mais”, conta Irani.

A mulher afirmou que ninguém na unidade soube dizer por onde o adolescente teria passado e acredita que o filho pulou o muro. Já a PM declarou por meio de nota que, no monitoramento por câmeras, não há nenhuma movimentação de pessoas pulando o muro da unidade (veja nota na íntegra ao final do texto).  

A família espalhou cartazes com a foto de Lucas pelas redondezas e chegou a receber informação de que ele foi visto no Terminal do Padre Pelágio, mas o garoto não foi localizado.

“Meu coração está complicado, viu. Só Deus sabe. Ele é carinhoso, dedicado, mas tem horas que ele surta, fica impaciente”, afirma.

Outros sumiços

Irani conta que o filho já sumiu ao menos por outras cinco vezes, mas sempre foi localizado em pouco tempo. Somente desta vez é que a situação se complicou e já dura oito dias.

Somente neste ano, a família registrou três boletins de ocorrência por desaparecimentos de Lucas, sendo um em maio, outro no final de outubro e a última delas em 15 de novembro. Em todos, já houve a baixa no sistema, uma vez que ele acabou sendo localizado.

A auxiliar disse que no dia do desaparecimento chegou a ligar na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), onde foram registrados os outros boletins, e foi informada que um novo procedimento havia sido aberto e não era preciso que ela fosse ao local.

Porém, segundo informações de uma servidora da delegacia disse que é necessário que a família compareça à unidade e registre um novo procedimento.

Nota da PM:

Conforme informações da Direção do Colégio Estadual da Polícia Militar Waldemar Mundim, o referido aluno apresenta esse tipo de comportamento desde 2014, chegando ao ponto de muitas vezes não entrar no colégio, empreendendo fuga assim que chega no portão. Inclusive no dia citado na nota, segundo relato de colegas, ele compareceu na porta da unidade e não entrou.

No monitoramento por câmeras não há nenhuma movimentação de pessoas pulando o muro da unidade. Somente esse ano é a quinta vez que o aluno citado comporta-se dessa maneira.

Na data de ontem (04), a direção do CEPMG Waldemar Mundim, foi informado pelo padrasto do mesmo, que ele havia sido visto nas redondezas do terminal Padre Pelágio, sendo que de imediato uma equipe do colégio deslocou ao local não logrando êxito na localização do adolescente.

Ressaltamos, que tanto a professora de apoio, quando o coordenador de ensino especial e os militares da seção de apoio pedagógico, têm acompanhado o caso e empreendem esforços para localizá-lo. 

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