Avalon promove segunda live solidária para manter atividade após pandemia

Objetivo da programação é levar diversão aos clientes e angariar doações para arcar com contas fixas do estabelecimento - Foto: Luis Carlos Carneiro

Postado em: 06-06-2020 às 10h00
Por: Lucas de Godoi
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Objetivo da programação é levar diversão aos clientes e angariar doações para arcar com contas fixas do estabelecimento - Foto: Luis Carlos Carneiro

Lucas de Godoi

A empresária e produtora Bárbara Rodrigues, à frente da Avalon Club, no Setor Marista, irá transmitir ao vivo neste domingo (7) a segunda festa solidária. O elenco da casa se junta para realizar uma balada ao pôr do sol com o objetivo de arrecadar fundos para manter o custeio da casa e auxiliar os colaboradores. A boate foi fechada no dia 17 de março em razão da pandemia do novo coronavírus e precisa da ajuda dos clientes para se manter e reerguer quando a emergência de saúde pública passar. 

“Vai ser uma live para se divertir, para sorrir, para dançar e, para quem puder, doar para nos ajudar a manter a Avalon aberta”, convida Bárbara em vídeo publicado nas redes sociais. “Nosso castelo está precisando de ajuda e os funcionários dele também. Se deixarmos de sonhar, a Avalon vai deixar de existir”. 

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Como mostrado por O Hoje no início de abril, o setor de entretenimento vive a maior crise da história. Com o fechamento de bares, restaurantes e boates, e o cancelamento de grandes eventos, uma cadeia de profissionais deixou de trabalhar. Em Goiânia ainda não há expectativa de quando as festas voltem a ocorrer. A tendência é que o setor seja o último a voltar a funcionar.

Mesmo fechadas, as casas arcam com alto custo fixo como aluguel, água e energia, além de folha de pagamento. “A Avalon é um sonho bem grande meu. Comecei como hostess e aprendi a lidar com o público, meu trabalho é viver sonhos, levar diversão para as pessoas”, abriu o coração. “O momento mais feliz, para mim, é quando coloco o braço no canto do palco e vejo todo mundo dançando, se abraçando. Naquele momento, cada um do seu jeito, é igual. Somos todos iguais vivendo um sonho”, rememora Bárbara.

A apreensão é que, passada a pandemia, a empresa não seja capaz de continuar a operar. Na Capital, já há indícios de estabelecimentos fechados. “A Avalon é um dos últimos [empreendimentos] que está aberto em Goiás. Vários outros lugares já não existem mais, negócios familiares e de pessoas que sonhava igual ou diferente de mim”, conta a empresária.

Colaboração

Em 16 de maio a boate realizou a primeira live que, até esta sexta-feira (5), contava com mais de 20 mil visualizações no YouTube. Além de receber doações em tempo real, a casa também comercializa combos de bebidas e itens personalizados como máscara de proteção facial e bonés. 

Apoio à Cultura

Mesmo com o impacto negativo no segmento, até agora não há nenhuma medida garantida em socorro a estas empresas.  Nesta quinta-feira (4), o Senado Federal aprovou projeto de lei que libera R$ 3 bilhões em auxílio financeiro a artistas e estabelecimentos culturais durante a pandemia da Covid-19. Mas para valer, o projeto precisa ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro. Bolsonaro tece críticas ao setor e já inviabilizou política de amparo à classe. 

O projeto prevê, entre outras coisas, que os governos estaduais e municipais repassem entre R$ 3 mil e R$ 10 mil mensais para manter espaços artísticos e culturais, micro e pequenas empresas culturais e cooperativas, instituições e organizações culturais comunitárias que tiveram as suas atividades interrompidas por força das medidas de isolamento social contra a pandemia.

Serviço

Avalon Sunset Live Solidária

Quando: Domingo (7/6), às 16 horas

Onde: YouTube  

Doações: https://avalonclubgoiania.com.br/

 

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