Inflação baixa mostra que país pode continuar com recuperação, diz Planejamento

De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, o resultado positivo da inflação se deve a diversos fatores, entre eles a desaceleração nos preços livres

Postado em: 10-01-2018 às 16h15
Por: Victor Pimenta
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De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, o resultado positivo da inflação se deve a diversos fatores, entre eles a desaceleração nos preços livres

O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão disse
hoje (10), em nota, que o resultado da inflação de 2017 mostra que o país pode
dar continuidade ao processo de recuperação do crescimento econômico.  Segundo a pasta, 2017 “terminou com
resultados favoráveis no campo econômico”. O Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quarta-feira, ficou em 2,95% no ano
passado – menor nível desde 1998 (1,65%).

“Saímos da maior recessão da nossa história, com dois
anos seguidos de queda no PIB [Produto Interno Bruto], voltamos a gerar
empregos e a inflação, como divulgada hoje pelo IBGE [Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística], mostrou recuo de maneira significativa”, diz o
Planejamento. “Com a inflação sob controle, o País pode dar continuidade
ao processo de recuperação do crescimento econômico em curso gerando empregos e
aumentando a renda das famílias”, acrescenta o texto.

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De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, o resultado
positivo da inflação, segundo o Planejamento, se deve a diversos fatores, entre
eles a desaceleração nos preços livres, que passaram de 6,54%, em 2016, para
1,35%, em 2017, com recuo na inflação de serviços de 6,47%, em 2016, para
4,52%, em 2017. A variação dos bens apresentou deflação, de 1,42%, ante alta de
6,63%, em 2016.

O destaque foi ainda a deflação do grupo alimentos e bebidas,
cuja variação foi de -1,87%, em 2017. Em 2016, o mesmo grupo registrou alta de
8,61%. Desde 2010, a inflação dos alimentos e bebidas ficava, em média,
superior a 9%.

Banco Central

A taxa de inflação ficou abaixo do centro da meta, de 4,5%, o
que não ocorria desde 2009, e, pela primeira vez, abaixo do limite inferior de
tolerância, de 3%.

Devido ao resultado, o Banco Central terá que justificar o
descumprimento da meta de inflação, mesmo que esse descumprimento tenha sido
para baixo. A carta aberta do Banco Central a ser enviada pelo presidente da
instituição, Ilan Goldfajn, ao presidente do Conselho Monetário Nacional,
ministro Henrique Meirelles, será divulgada na tarde desta quarta-feira. Em
seguida, o presidente falará com a imprensa.

Parte do regime de metas para a inflação no Brasil, a carta
aberta é um instrumento pelo qual o Banco Central presta contas à sociedade
sobre o cumprimento das metas fixadas pelo CMN. Esta é a primeira vez que a
meta é descumprida por ficar abaixo do piso. A meta ficou acima do teto quatro
vezes: 2001, 2002, 2003 e 2015. 

Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Tudo Rondônia)

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