PF solta Alexandre Baldy após determinação do ministro do STF, Gilmar Mendes

O ex-deputado federal por Goiás deixou a carceragem da polícia, na Lapa, em São Paulo, na madrugada deste sábado (8) – Foto: Reprodução.

Postado em: 08-08-2020 às 10h00
Por: Nielton Soares
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O ex-deputado federal por Goiás deixou a carceragem da polícia, na Lapa, em São Paulo, na madrugada deste sábado (8) – Foto: Reprodução.

Nielton Soares

O ex-deputado federal por Goiás Alexandre Baldy (Progressistas) deixou o prédio da Polícia Federal (PF), na Lapa, em São Paulo, nesta madrugada de sábado (8), por volta das 2h45. A soltura dele aconteceu após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.

A defesa de Baldy recorreu ao STF solicitando a liberdade. Segundo os advogados, a detenção seria “condução coercitiva travestida de prisão temporária”. O então secretário de Transportes de São Paulo foi detido na quinta-feira (6) durante Operação Dardanários, que investiga desvios na Saúde, envolvendo Organização Social e órgãos federais.

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A PF afirmou que há um “conluio entre empresários e agentes públicos, que tinham por finalidade contratações dirigidas”. Dentre as supostas irregularidade, apontada pela polícia, consta o período em que Baldy atuou como deputando federal por Goiás e depois chefiou o Ministério das Cidades na gestão do então presidente Michel Temer (MDB).

Além de Baldy, foram presos o prime dele, Rodrigo Sergio Dias, que comandou a Funasa em 2018, época em que Alexandre era ministro das Cidades no governo Temer. No ano passado, Dias assumiu a presidência do FNDE, indicado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), onde ficou por seis meses, até ser demitido.

Ao todo a operação do Ministério Público Federal (MPF) mirou sete alvos suspeitos no envolvimento de desvios de recursos da Saúde , sendo presos seis deles. E, durante cumprimento dos mandados de busca e apreensão, a PF afirmou que em uma residência em Brasília, que pertence a Baldy, foram apreendidos R$ 90 mil em espécie , dentro de dois cofres. O MPF afirmou ainda que o primo dele, Dias, chegou a receber propinas em caixa de gravatas.

Outros presos:

  • Rafael Lousa – ex-presidente da Junta Comercial de Goiás e ex-assessor da SIC no governo Marconi Perillo; ex-presidente do diretório metropolitano do PSDB;
  • Guilherme Franco Netto, pesquisador da Fiocruz;
  • Carlos Augusto Brandão – ex-presidente da comissão de licitação e ex-assessor da chefia de gabinete da Juceg; e
  • Izídio Ferreira dos Santos Júnior, ex-diretor de Atendimento, Integração e Redesim da Juceg.
  • Rafael Lousa – ex-presidente da Junta Comercial de Goiás e ex-assessor da SIC no governo Marconi Perillo; ex-presidente do diretório metropolitano do PSDB;
  • Guilherme Franco Netto, pesquisador da Fiocruz;
  • Carlos Augusto Brandão – ex-presidente da comissão de licitação e ex-assessor da chefia de gabinete da Juceg; e
  • Izídio Ferreira dos Santos Júnior, ex-diretor de Atendimento, Integração e Redesim da Juceg. 

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