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domingo, 22 de dezembro de 2024
Política

Ex-diretor da Petrobras é condenado a 12 anos de prisão

Além de Zelada, o ex-gerente da Petrobras Eduardo Musa e os lobistas João Augusto Rezende Henriques e Hamylton Pinheiro Padilha Júnior também foram condenados

Postado em 1 de fevereiro de 2016 por Redação
Ex-diretor da Petrobras é condenado a 12 anos de prisão
Além de Zelada

O juiz Sérgio Moro condenou o ex-diretor da área
Internacional da Petrobras, Jorge Luiz Zelada, a 12 anos e dois meses de prisão
por corrupção e lavagem de dinheiro. O executivo está preso desde o início de
julho, durante a 15ª fase da Operação Lava-Jato. Zelada foi acusado de
recebimento de propina envolvendo o contrato de navios sondas da Petrobras. O
ex-diretor mantinha 12 milhões de euros em uma conta secreta no exterior. Moro
determinou o confisco de R$ 123 milhões encontrado em contas do ex-diretor da
Petrobras.

Além de Zelada, Moro também condenou o ex-gerente da Petrobras Eduardo Musa a
11 anos e oito meses. Em delação premiada, Musa contou como transferiu
pagamentos de propina ao ex-diretor. O ex-gerente foi um dos primeiros a
confirmar que o empréstimo do Banco Schahin ao pecuarista José Carlos Bumlai
serviu para pagar dívidas de campanha do PT.

O juiz condenou ainda os lobista João Augusto Rezende Henriques e Hamylton
Pinheiro Padilha Júnior, respectivamente, a seis anos e oito meses, e a 12 e 2
meses de reclusão. Por conta dos acordos de colaboração, Musa, Henriques e
Hamylton Padilha cumprirão a pena em casa, em regime aberto diferenciado.

Zelada e Musa teriam aceitado receber propina para favorecer a contratação da
empresa Vantage Drilling Corporation, comandada pelo americano Nobu Su, no
afretamento do navio-sonda Titanium Explorer, por US$ 1,816 bilhão. O pagamento
da propina, no entanto, não foi feito pela americana Vantage, intermediária do
afretamento e que se recusou a pagar propina. O pagamento foi feito diretamente
com a proprietária da embarcação, a Taiwan Maritime Transportation, também
comandada por Nobu Su. O contrato foi fechado em 2009 e parte da propina foi
repassada a Hamylton Padilha, que pagou os dois funcionários da Petrobras.
(Agência O Globo)

Foto: reprodução 

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