Caverna goiana pode virar Monumento
Com o objetivo de proteger a biodiversidade local, a Fundação Grupo Boticário de Proteção a Natureza apoia uma iniciativa que propõe a criação de uma unidade de conservação (UC) na área na Gruna da Tarimba, a décima primeira maior caverna do Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Espeleologia, localizada em Mambaí (GO), a […]
Com o objetivo de proteger a biodiversidade local, a Fundação Grupo Boticário de Proteção a Natureza apoia uma iniciativa que propõe a criação de uma unidade de conservação (UC) na área na Gruna da Tarimba, a décima primeira maior caverna do Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Espeleologia, localizada em Mambaí (GO), a 500 km de Goiânia e na divisa com a Bahia.
A Gruna da Tarimba é uma caverna de dez quilômetros com belas paisagens que protegem espécies ainda desconhecidas? Essa é a realidade na Gruna da Tarimba.
A área, apesar de bela e única, está ameaçada pela pressão agropecuária, principalmente para culturas de algodão, soja e criação de gado. Os pesticidas utilizados nessas lavouras, bem como o assoreamento gerado pelo manejo precário das pastagens, prejudicam o ambiente subterrâneo e, consequenteente, as espécies que dele dependem.
Segundo Heros Lobo, pesquisador da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e coordenador do projeto de criação da UC, o objetivo é que a Gruna da Tarimba se transforme em Monumento Natural, que tem por objetivo conservar um elemento natural único, de extrema raridade ou beleza cênica. “As cavernas são ambientes naturais bastante sensíveis. Protegê-las é conservar parte da história natural do país”, afirma Malu Nunes, diretora executiva da Fundação Grupo Boticário.
O processo 13898/2015 para criação do Monumento Natural pode ser acompanhado por meio do site www.intra.secima.go.gov.br. Eric Kolailat, gerente de áreas protegidas da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos do Estado de Goiás, a criação pode levar cinco ou seis anos para vigorar.