Siron nega acusações por improbidade
Siron Franco nega as denúncias que pesam contra ele no Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). O artista é um dos acusados por improbidade administrativa e irregularidades no repasse de verbas para a recuperação do Monumento às Nações Indígenas, no Setor Buriti Sereno, em Aparecida de Goiânia. O Monumento se tornou alvo de uma […]
Siron Franco nega as denúncias que pesam contra ele no Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). O artista é um dos acusados por improbidade administrativa e irregularidades no repasse de verbas para a recuperação do Monumento às Nações Indígenas, no Setor Buriti Sereno, em Aparecida de Goiânia.
O Monumento se tornou alvo de uma ação do MP que pretende reaver R$ 1,176 milhão aos cofres públicos. Esse montante é referente ao repasse corrigido de R$ 400 mil feito ao artista há mais de 10 anos para a recuperação da obra.
Na ação, a promotora de Justiça Villis Marra quer que o montante retorne ao Estado e ainda requereu, por meio de liminar, o bloqueio de bens de Siron e dos ex-presidentes da antiga Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (Agepel), na época, Linda Monteiro e Nars Chaul, também acionados pelo MP.
Siron garante que não recebeu essa verba. Ele afirma que houve um repasse de R$ 200 mil (R$ 140 mil depois de descontados os impostos), entre 2002 e 2003 e que esse valor seria referente apenas aos honorários do artista por um ano de trabalho durante a reconstrução da obra. A outra parte do repasse seria para a compra de material pela Agepel, o que segundo ele, não aconteceu.
Ele explica que o repasse foi usado integralmente para a construção dos totens de concreto que formariam o Monumento. “Esse material foi produzido e está guardado na Pedreira Izaíra, em Aparecida de Goiânia. A reconstrução só não foi concluída por que não houve o repasse do restante do montante”, garante.
O artista conta que o que recebeu tem como comprovar com assinaturas nos honorários de serviço, imposto de renda da época, recibos bancários entre outros documentos. Siron reclama que nunca foi chamado para ser ouvido.
Já Villis Marra afirma que foram feitos dois repasses, um deles, R$ 264 mil, em novembro de 2003. A promotora diz que foi dinheiro público aplicado para restaurar uma obra que nem havia sido finalizada. “Muito tempo se passou não podemos esperar mais”, reclama.
AGEPEL
O presidente da Agência na época, Nars Chaul, confirmou a versão dada por Siron e disse que os totens foram realmente produzidos, mas não teria certeza sobre os valores repassados ao artista, pois está em uma viagem de trabalho a Santa Catarina. “Se houve ou não um segundo repasse não foi mais em minha gestão. Eu não acredito que um artista conceituado como o Siron mentiria sobre isso”, defende.
A reportagem não conseguiu contato com Linda Monteiro, sucessora de Chaul na Agepel, naquela época. A obra inacabada estava abandonada e destruída por vândalos. Por volta de 2003 já necessitava de reformas. O Monumento era para ser um dos símbolos nacionais na comemoração dos 500 anos do descobrimento do Brasil. (Rhudy Crysthian)