Dengue causa lotação nos cais
Os centros de Assistência Integral a Saúde (Cais) de Goiânia sofrem com a superlotação de pacientes com suspeita de zika, chikungunya e principalmente a dengue. Nos Cais dos Bairros Chácara do Governador e Novo Mundo a lotação é evidente. O motivo da grande quantidade de pacientes é a epidemia, de dengue. No dia 12 do […]
Os centros de Assistência Integral a Saúde (Cais) de Goiânia sofrem com a superlotação de pacientes com suspeita de zika, chikungunya e principalmente a dengue. Nos Cais dos Bairros Chácara do Governador e Novo Mundo a lotação é evidente. O motivo da grande quantidade de pacientes é a epidemia, de dengue. No dia 12 do último mês, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgou que no Estado de Goiás foram detectados 19. 762 casos da doença.
Outro empecilho é o atendimento. Segundo o enfermeiro do Cais Chácara do Governador, Ramon Benevides, 26, o local atende outros tipos de pacientes e a falta de especialistas na área da saúde é outro fator. O enfermeiro conta que para assistir à população há somente quatro médicos que atendem uma demanda de 400 pacientes por dia. O diretor técnico do centro médico do Novo Mundo, André Cardoso, menciona que recorreu à triagem na entrada como saída para agilizar o atendimento.
O fato de o CAIS atender além da população da Chácara do Governador, incluindo os da região e Aparecida de Goiânia favorece para que o lugar esteja sempre lotado. O Benevides conta que da última segunda-feira (14) até ontem, já passaram pelo centro 85 pessoas com suspeita de dengue, zika e chikungunya. A direção não soube especificar o número certo de cada caso devido à semelhança dos sintomas. Ele relata que a população não entende e desconta a raiva nos funcionários com agressões verbais e físicas. “Fomos ameaçados com arma de fogo por causa da demora”, desabafa.
Demora
Dinalva Alves Queiroz contraiu dengue há sete dias e está em acompanhamento. A operadora de caixa explica que no primeiro dia de atendimento na Chácara foi lento. Ela chegou às 15 horas e saiu às 23h30. “O procedimento é lento e mesmo eu tendo feito o teste, na segunda vez que fui, tive que realizar todo o processo novamente, causando mais demora”. Dinalva diz que se o doente chegar às 6h será atendido somente 9h devido à demora dos médicos. “Gostaria de ter plano de saúde para não passar por isso”, comenta.
O estudante Hugo Santiago, 21, narra que a administração do lugar é muito desorganizada. “A estrutura é precária, não me sinto seguro nessas condições. Colchões desencapados, paredes sem reboco, fico com medo de contrair outra doença”.