O Arte do Artista recebe a premiada encenadora brasileira Christiane Jatahy nesta terça (22), à meia-noite, na TVBrasil para um papo com Aderbal Freire-Filho. A atriz e autora encaminhou sua carreira para a direção de teatro. Durante o programa ela analisa sobre as fronteiras da arte. “Comecei a perceber que aquela peça ‘cabia’ em uma tela de cinema. Foi uma transposição de linguagem”, define.

Para o amigo e apresentador, Christiane Jatahy conta como mescla as diferentes linguagens e explica a dinâmica desse processo no ambiente cultural brasileiro. “Essa pesquisa tem se desdobrado. Cada projeto cria questõespara o próximo. É um fazer perguntas contínuo sobre as possibilidades que essa relação implica”, pontua para completar com um exemplo. “Eu quis trazer o jogo da ilha de edição do cinema para o teatro. Como mudar a relação entre os atores com a narrativa durante a cena e na presença do público”, cita.

Christiane Jatahy conta para Aderbal que, a partir de Conjugado, passa a dialogar com o cinema em seus espetáculos. Essa relação se intensifica em A Falta Que Nos Move, peça que foi transformada em filme. Depois de um período de ensaios “de teatro”, que duraram quatro meses, o longa foi feito em uma só noite, em 13 horas de um plano contínuo, com três câmeras na mão. Em seguida, a diretora fez Corte Seco, com cenas filmadas no exterior do teatro, durante o espetáculo. Logo depois, veio Julia, teatro e cinema inteiramente integrados, atores e câmera vivos. 

A mais recente montagem de Christiane Jatahy é uma adaptação de As Três Irmãs, obra-prima de Tchevoc, que a diretora intitulou de E Se Elas Fossem Para Moscou?, com as atrizes Julia Bernat, Stella Rabello e Isabel Teixeira.